Pensões alimentícias descontadas diretamente da folha de pagamento de servidores estaduais do Tocantins foram alvo de reclamações após um atraso de mais de 10 dias no repasse aos beneficiários. Segundo relatos enviados à redação do Jornal Opção Tocantins, muitos responsáveis por crianças ficaram sem receber os valores dentro do prazo previsto, mesmo após os descontos constarem nos contracheques dos servidores alimentantes.

“Se o pai atrasa a pensão, é preso. E o BRB e a Secad?”, desabafou uma das reclamantes, que cobrou respostas sobre o destino do dinheiro. Ela relatou que contas bancárias usadas há mais de oito anos foram recusadas pelo novo banco pagador sem aviso prévio. 

A Secretaria de Estado da Administração (Secad) reconheceu a falha e atribuiu o problema a divergências operacionais após a troca da instituição pagadora. Desde junho, o Banco de Brasília (BRB) assumiu a gestão da folha de pagamento estadual. A Secad explicou que, com a mudança, ficaram evidentes diferenças entre os sistemas, o que gerou inconsistências na liberação de parte dos créditos das pensões.

Segundo nota enviada pela pasta, “a maior parte dos valores descontados dos servidores alimentantes já foi devidamente repassada aos respectivos beneficiários, restando 12 casos ainda em fase de regularização”. A previsão era que todos os repasses fossem concluídos até quinta-feira, 10.

Apesar do transtorno, uma das beneficiárias confirmou que o valor foi depositado nesta semana e que outros casos também foram resolvidos. Ainda assim, o episódio gerou insegurança sobre a continuidade dos pagamentos. “Agora a preocupação é com o próximo mês. Foi muito descaso por parte do banco, mas a Secad deu todo apoio”, afirmou.

A Secretaria garantiu que a situação não deverá se repetir e reafirmou o compromisso do estado com os repasses regulares, conforme determina o Poder Judiciário.