Ex-mulher relata à PF que autor das explosões planejava atentado contra ministro do STF
14 novembro 2024 às 12h35
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A declaração foi feita por agentes de Santa Catarina, que localizaram a ex-mulher e outros familiares de Wanderley Luiz. Segundo o depoimento, o objetivo principal era atacar o ministro e qualquer pessoa que estivesse junto. Imagens de segurança mostram Wanderley Luiz recuando após ser abordado por um vigilante, lançando explosivos contra a sede do STF antes de se deitar ao lado de um explosivo que acabou causando sua morte.
De acordo com o depoimento, Wanderley Luiz começou a planejar o ataque após a derrota eleitoral do ex-presidente Jair Bolsonaro, fazendo pesquisas no Google para organizar o atentado. Apesar disso, sua ex-esposa negou envolvimento dele em ataques anteriores contra prédios dos Três Poderes. No local onde Luiz estava hospedado, em Ceilândia, policiais encontraram inscrições relacionadas aos eventos de 8 de janeiro, incluindo uma frase ofensiva em referência à estátua da Justiça.
A PF abriu inquérito para investigar o caso como possível ato terrorista. Uma coletiva está agendada para a manhã de hoje, com a previsão de mais detalhes sobre a investigação. Além disso, a Polícia Militar (PM) informou que uma varredura foi realizada no local onde o suspeito se abrigava. O major Raphael Broocke, da PM do Distrito Federal, informou que o local exigiu precauções adicionais por estar situado em um espaço confinado, envolvendo outras residências.
A PM também realiza monitoramento de locais por onde o suspeito circulou, a fim de verificar a existência de explosivos adicionais. Os explosivos no corpo do autor foram detectados por um robô, mas removidos por um policial com traje especializado após limitações operacionais no equipamento robótico. Após a perícia, o corpo foi levado para o Instituto Médico Legal.
Na manhã desta quinta-feira (14), a segurança foi intensificada na Praça dos Três Poderes e na Esplanada dos Ministérios. Grades de proteção foram instaladas ao redor dos prédios e agentes monitoram os arredores. O Exército, acionado pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), está em plantão na entrada do Palácio do Planalto.