Família inteira é indiciada por homicídio de idoso com problemas mentais em Ananás

A Polícia Civil do Tocantins (PC-TO), por meio da 18ª Delegacia de Polícia de Ananás, concluiu nesta quinta-feira, 5, o inquérito que investigava a morte de Rafael Oliveira, de 62 anos, ocorrida no dia 30 de novembro. Três pessoas da mesma família foram indiciadas pelos crimes de homicídio qualificado, fraude processual e corrupção de menores. Entre os acusados está um adolescente de 16 anos, apontado como participante do ato infracional análogo ao homicídio.

Conforme o delegado Carlos Eduardo Estrela, responsável pelo caso, os indiciados são um homem de 34 anos, sua esposa de 33 anos, e a sogra de 52 anos, agiram movidos por vingança após a vítima, que sofria de esquizofrenia e estava em surto psicótico, ter ateado fogo em objetos na rua, incluindo um tapete de uma panificadora pertencente à família.

Durante o surto, Rafael sofreu queimaduras de 2º e 3º graus ao manipular óleo diesel e acabou caminhando desnorteado e despido pelas ruas da cidade. Ele foi localizado no Terminal Rodoviário de Ananás, onde foi brutalmente atacado pelos indiciados.

De acordo com as apurações, o homem de 34 anos com a ajuda do cunhado de 16 anos, perseguiu Rafael e desferiu diversos golpes com pedaços de madeira e uma cadeira, causando sua morte. A esposa dele e sua sogra, não participaram diretamente da execução, mas foram fundamentais para o crime, segundo o delegado. 

Inicialmente, o caso foi tratado como suicídio devido às queimaduras no corpo da vítima. Contudo, exames necroscópicos e periciais apontaram para homicídio, levando a Polícia Civil a identificar e indiciar os responsáveis.

O delegado destacou a gravidade do caso e fez um apelo à população. “A justiça com as próprias mãos não será tolerada. Esse crime hediondo mostra a necessidade de confiar nas instituições e nos processos legais. Quem adotar tais práticas será identificado e responsabilizado com o rigor da lei”, afirmou Carlos Eduardo Estrela.

O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário, ficando a cargo do Ministério Público a adoção das medidas legais cabíveis.