Governo anuncia nova edição do Concurso Nacional Unificado com mais de 3 mil vagas em 35 órgãos públicos

28 abril 2025 às 17h49

COMPARTILHAR
Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, 28, em Brasília (DF), a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresentou os detalhes da 2ª edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). O novo certame contará com 3.352 vagas distribuídas entre 35 órgãos da administração pública federal, sendo 2.180 oportunidades imediatas — 1.672 para candidatos com nível superior e 508 para nível intermediário — e outras 1.172 previstas para provimento em curto prazo, após a homologação dos resultados.
O início das inscrições está previsto para o mês de julho, enquanto a aplicação da prova objetiva, que marca a primeira etapa da seleção, está agendada para o dia 5 de outubro.
A ministra afirmou que “o certame demonstra o compromisso e esforço do Governo Federal em construir um serviço público com a cara do Brasil, por meio de um modelo de seleção inovador, democrático e inclusivo”. O CPNU 2 seguirá com o modelo por blocos temáticos, desta vez com nove blocos, mantendo o sistema de inscrição por lista de preferência entre cargos de um mesmo bloco. A aplicação das provas deverá ocorrer em aproximadamente 228 cidades.
Entre os cargos de nível superior com maior número de vagas imediatas estão o de Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico (250 vagas) e Analista Técnico de Justiça e Defesa (250 vagas). Outros cargos estão distribuídos entre órgãos como os ministérios das Cidades (15 vagas), do Desenvolvimento Agrário (64), do Turismo (8), da Integração e Desenvolvimento Regional (10), da Fazenda (30) e da Pesca e Aquicultura (33).
Para o nível médio, as oportunidades abrangem instituições como a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com 50 vagas para nível superior e 16 para ensino médio, além de vagas na Anac (70), Anatel (50), ANM (80), ANS (20), Antaq (30), ANTT (50) e Anvisa (14), entre outras.
O cronograma divulgado indica que as provas ocorrerão em duas fases e datas distintas. A convocação para a segunda fase seguirá a proporção de até nove vezes o número de vagas ofertadas por cargo, tanto para ampla concorrência quanto para as vagas reservadas.
Com ampliação em relação à edição anterior, que contemplava 21 órgãos, a segunda edição do CPNU abrange 35 órgãos públicos federais. Foram confirmadas duas novas carreiras de nível superior: Analista Técnico de Justiça e Defesa e Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico. Tais cargos fazem parte do grupo de carreiras transversais, aquelas cujas atribuições podem ser desempenhadas em diferentes órgãos e entidades da administração pública federal.
Entre as mudanças implementadas a partir da primeira edição, está a adoção de um edital unificado, com documentos separados para cada um dos nove blocos temáticos. Outra novidade é o uso de código de barras no cartão-resposta, substituindo o preenchimento manual com caneta preta. A nova tecnologia associará automaticamente cada caderno de questões ao candidato por meio de um código único, mantendo os dados pessoais ocultos dos corretores. O objetivo é preservar o anonimato e garantir a imparcialidade. Também se espera que a inovação acelere a correção e a divulgação dos resultados.
A primeira edição do CPNU foi o maior concurso público já realizado no Brasil, com 6.640 vagas ofertadas em 21 órgãos e mais de 2,11 milhões de inscrições confirmadas. As provas foram aplicadas em 228 locais distintos, com média de 100 km de deslocamento entre a residência do candidato e o local de prova. Houve aprovados em 908 cidades, abrangendo todos os estados e o Distrito Federal. Entre os aprovados, 24,5% são pessoas negras, 2,3% indígenas e 6,8% pessoas com deficiência.
A nomeação de 4.330 aprovados da primeira edição do CPNU está autorizada para o mês de maio.