Nesta quarta-feira, 3, a Polícia Federal encaminhou à Interpol solicitação para que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) passe a constar na lista de difusão vermelha, destinada à busca e captura em diversos países.

A medida segue determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Cabe agora à Interpol analisar se atende ao pedido, levando em conta possíveis questões de perseguição política, ética ou religiosa antes de aceitar o nome da parlamentar nessa lista.

Se aprovada, a inclusão tornará Zambelli procurada em 196 nações, como Estados Unidos e Itália, país ao qual ela tem direito à cidadania. A eventual defesa baseada na dupla nacionalidade não impede a tramitação do pedido.

Atualmente sob a direção do delegado Valdecy Urquiza, a Interpol deverá avaliar o caso conforme seus critérios internos.

Condenada a dez anos de prisão por ter invadido sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserido documentos falsos, a deputada informou na terça-feira, 3, que se encontrava nos Estados Unidos e planejava seguir para a Itália, onde acredita estar protegida por sua cidadania.

Na mesma data, o ministro Alexandre de Moraes expediu mandado de prisão preventiva contra Zambelli, determinou o bloqueio de suas contas bancárias e requereu a inclusão de seu nome na lista vermelha da Interpol.

Em nota divulgada nas redes sociais, Zambelli classificou as ações como inconstitucionais, argumentando que “um deputado só pode ser preso em flagrante por crime inafiançável” e que a decisão monocrática do ministro violaria o Código de Processo Penal e a Constituição Federal.

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