Iphan descobre 16 novos sítios arqueológicos no Jalapão
11 março 2024 às 14h25
COMPARTILHAR
No Tocantins, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) identificou e catalogou 16 novos sítios arqueológicos na região do Jalapão, localizada no leste do estado. A equipe de arqueologia realizou as missões de investigação entre 2022 e 2023, revelando a presença de paineis com arte rupestre pré-colonial, datando provavelmente de cerca de dois mil anos atrás, criados por grupos humanos.
Os vestígios arqueológicos incluem símbolos gravados e pintados nas rochas, destacando-se pegadas humanas, pegadas de animais como veados e porcos do mato, e representações que remetem a corpos celestes, conforme explicou o arqueólogo do Iphan em Tocantins, Rômulo Macedo.
No entanto, mesmo diante dessas descobertas, o arqueólogo alerta para as ameaças enfrentadas por esses sítios culturais. Erosão eólica, vandalismo, incêndios florestais e desmatamento são alguns dos principais desafios. Em resposta, o Iphan iniciou ações de conservação e Educação Patrimonial na região, com o objetivo de proteger e promover esse patrimônio cultural brasileiro.
Segundo o Iphan, essas recentes descobertas ampliam o patrimônio arqueológico de Tocantins, que já possui um grande potencial para pesquisas nessa área. Os sítios identificados agora integram um complexo arqueológico no Jalapão, com ocupações humanas remontando a até 12.000 anos atrás, formando sítios arqueológicos desde o período pré-colonial até o contato com os colonizadores europeus.
Patrimônio histórico tocantinense
O aumento das obras de infraestrutura na região amazônica levou a um significativo aumento nas pesquisas arqueológicas em Tocantins, realizadas no âmbito do licenciamento ambiental. Isso proporcionou a coleta de dados em áreas antes desconhecidas arqueologicamente. Nesse contexto, a atividade arqueológica é conduzida por empresas que atuam no salvamento do patrimônio em áreas afetadas por empreendimentos econômicos. Duas ações prioritárias incluem a sistematização e socialização do conhecimento sobre os achados e a integração entre os licenciamentos arqueológicos e ambientais.