Médico que matou ex-mulher em Palmas em 2017 é condenado em todas as instâncias a 21 anos de prisão

19 julho 2024 às 10h34

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A Justiça condenou o médico Álvaro Ferreira da Silva a mais de 21 anos de prisão, pelo assassinato de sua ex-mulher, a professora Danielle Lustosa. O crime ocorreu no dia 18 de dezembro de 2017, na casa da vítima, em Palmas. Silva havia sido condenado pela 1ª Vara Criminal de Palmas, com sentença mantida pelo Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) e, com o esgotamento dos recursos encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF), a prisão do médico pode ser realizada.
Silva chegou a ficar preso em Palmas, mas teve habeas corpus concedido para cuidar da saúde e trabalhar. Ele era médico concursado do quadro da Secretaria da Saúde de Palmas (Semus), chegando atuar após a concessão da medida em Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ). Nesse tempo, entre a prisão e antes da condenação de todas as instâncias, ele também chegou a ser visto em uma zona eleitoral da capital.
Logo que foi descoberto o corpo de Danielle, as suspeitas recaíram sobre o médico uma vez que ele tinha histórico de violência doméstica e havia sido preso dois dias antes do assassinato por agredi-la. Após o crime, Álvaro ficou foragido por um mês e foi localizado em Goiás, em janeiro de 2018, após postar uma selfie em uma igreja, nas suas redes sociais.
Com o trânsito em julgado e a baixa definitiva no STF, o processo foi encerrado e enviado de volta ao Tribunal de Justiça do Tocantins. A prisão do médico foi decretada pela 1ª Vara Criminal de Palmas, determinando que qualquer oficial de justiça ou autoridade policial competente “o prenda e recolha a qualquer unidade prisional”.