Mulher é indiciada por matar marido esfaqueado pelas costas no ano passado
02 fevereiro 2024 às 14h32
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Uma mulher de 44 anos foi indiciada por matar o próprio marido esfaqueado nas costas em dezembro do ano passado. A Polícia Civil do Tocantins, por meio da equipe da 6ª Divisão de Combate ao Crime Organizado de Paraíso (Deic), concluiu na quinta-feira, 2, o inquérito policial que investigava o caso.
A vítima tinha 46 anos. A polícia constatou que ele foi esfaqueado pela companheira depois de uma discussão. Mesmo ferido, buscou ajuda com os vizinhos. Mas acabou morrendo por não resistir a gravidade dos ferimentos.
Dois delegados responsáveis pelo caso, Antônio Onofre de Oliveira Filho e José Lucas Melo, afirmaram que teria sido a terceira vez que a mulher teria atentado contra a vítima por causa de ciúmes. A família do homem tentou procurar a delegacia mas foi impedida por ele.
“Nas duas ocasiões anteriores, a autora, também motivada por ciúmes, havia esfaqueado o homem, que se recuperou […] Nas duas situações, a vítima foi influenciada pela dependência emocional que tinha da autora e acabou reatando o relacionamento. Neste último episódio, infelizmente ele veio a óbito. As testemunhas ouvidas deixaram claro que a autora tem temperamento agressivo e quando ingere bebida alcoólica, fica ainda mais agressiva. O fato de sempre atacar a vítima pelas costas também demonstrou uma frieza por parte da mulher”, disse o delegado Antônio Onofre.
A polícia informou que após o crime, no mesmo dia, a mulher fugiu em rumo desconhecido. As autoridades policiais emitiram um pedido de prisão temporária que foi acatado pelo Poder Judiciário. O mandado foi cumprido no último dia 16 de janeiro, quando a mulher compareceu à delegacia acompanhada por advogados.
Com a conclusão do inquérito e o indiciamento por homicídio qualificado, um novo pedido foi feito para que a prisão temporária fosse convertida em preventiva, o qual foi igualmente acatado pela justiça.
O delegado José Lucas esclareceu também que a versão da autora, que alegou ter sofrido violência por parte da vítima, foi refutada durante a investigação. “Durante o inquérito a versão da mulher de que sofria violência, por parte da vítima, ficou demonstrada como inexistente, sendo que todo o contexto aponta justamente para o contrário, que resultou no último crime”, informou o delegado José Lucas.
A mulher encontra-se detida em Palmas à disposição do Judiciário, o caso segue agora para o Ministério Público.