Novo fundo focado em sustentabilidade será criado para a Amazônia Legal
26 julho 2024 às 10h41
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Nesta quinta-feira, 25, três instituições financeiras públicas brasileiras — Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal — em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), anunciaram uma nova iniciativa voltada para o financiamento da sustentabilidade na região da Amazônia Legal, que consiste nos estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins, Maranhão e Mato Grosso.
O plano é criar um Exchange Traded Fund (ETF), um fundo negociado em bolsa de valores, com a meta de lançá-lo e distribuir suas cotas antes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que ocorrerá em Belém em novembro de 2025.
Os ETFs, que surgiram nos Estados Unidos entre o final dos anos 1980 e início dos anos 1990, são hoje comuns em mercados de capitais ao redor do mundo. A proposta é que a negociação do ETF ocorra na Bolsa de Valores de São Paulo, também conhecida como B3, sendo constituído por títulos de renda fixa emitidos pelo BNDES, BB e Caixa. O retorno para os investidores será baseado em um índice de referência a ser desenvolvido, que precisa ser aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), onde todos os recursos levantados pelas três instituições serão direcionados para empréstimos destinados a projetos sustentáveis na Amazônia Legal.
O anúncio foi feito por representantes das instituições financeiras durante a 3ª reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20, realizada no Rio de Janeiro. Este evento faz parte de uma programação intensa coordenada pelo Brasil, que atualmente preside o G20.
Durante o encontro, foi assinada uma carta de intenções entre as instituições envolvidas. Os estudos para desenvolver a proposta serão realizados de forma colaborativa pelos três bancos, com o suporte técnico e financeiro do BID. De acordo com uma nota divulgada, o “ETF Amazônia para Todos” pretende democratizar o acesso a investimentos sustentáveis, combinar o uso de recursos com incentivos baseados em resultados, e promover a diversificação e ampliação da base de investidores tanto no mercado doméstico quanto internacional.