Piloto que fez sobrevoo por baixo da ponte Governador José Wilson Siqueira Campos, em Palmas, é identificado
29 junho 2024 às 13h18
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A Polícia Civil identificou e interrogou um homem de 34 anos, suspeito de pilotar uma aeronave de pequeno porte que realizou voos rasantes sobre o Lago de Palmas, incluindo um sobrevoo por baixo da ponte Governador José Wilson Siqueira Campos. O incidente ocorreu no último sábado,23, e levou à instauração de um inquérito pela 1ª Delegacia de Polícia Civil de Palmas.
O delegado Ronie Augusto Esteves, responsável pelo caso, explicou que a investigação foi iniciada logo após a polícia tomar conhecimento de que a aeronave executou manobras perigosas, colocando em risco os banhistas das praias de Luzimangues e Graciosa, além dos passageiros de flutuantes e das pessoas que atravessavam a ponte no momento do incidente.
“No decorrer das investigações, identificamos o piloto da aeronave, que foi intimado e ouvido por videoconferência para explicar sua versão dos fatos, presenciados por centenas de pessoas nas praias e áreas adjacentes no dia 23”, afirmou o delegado.
A autoridade policial destacou a ampla repercussão do caso, especialmente nas redes sociais, devido à conduta imprudente do piloto, que poderia ter causado uma tragédia. “Assim que tomamos conhecimento do caso, determinamos a instauração de um inquérito policial. A conduta do piloto, conforme o Art. 261 do Código Penal, poderia ter resultado em lesões corporais ou até mesmo morte, devido à baixíssima altitude e às manobras realizadas em uma área cheia de frequentadores, que ficaram assustados com a possibilidade de a aeronave colidir com a ponte ou cair nas áreas de banho”, enfatizou.
O delegado também lembrou que expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato que dificulte a navegação pode resultar em pena de dois a cinco anos de reclusão. “Com a conclusão do inquérito policial, prevista para ocorrer em 30 dias, poderemos tipificar precisamente a conduta do piloto, que poderá ser enquadrada no Art. 261 do Código Penal Brasileiro, com pena de até cinco anos de reclusão”, disse.
O Tenente Coronel Gustavo Bolentini, diretor do Centro Integrado de Operações Aéreas, também comentou o episódio. “Identificamos que o piloto infringiu várias regras de aviação, ao não observar e seguir os parâmetros básicos que regulam um voo. Além de colocar sua própria segurança em risco, o piloto violou protocolos essenciais para garantir a segurança de todos na aeronave e no local sobrevoado”, destacou o comandante Bolentini.
Além do inquérito da Polícia Civil, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) também abriu uma investigação para apurar a conduta do piloto e possíveis infrações cometidas durante o voo no Lago de Palmas.