Policiais Civis do Tocantins realizam mobilização por valorização profissional e melhores condições de trabalho

Os Policiais Civis do Tocantins realizam nesta terça-feira, 11, uma mobilização para cobrar do Governo do Estado avanços em pautas relacionadas à valorização da categoria e melhores condições de trabalho. O ato, organizado pelo Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins (Sinpol-TO) e pelo Sindicato dos Peritos Oficiais do Tocantins (Sindiperito), teve início às 13h em frente à sede da Secretaria da Segurança Pública (SSP), em Palmas.

Após a concentração, os manifestantes seguirão em caminhada até o Palácio Araguaia, sede do governo estadual, e posteriormente até a Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto), onde esperam sensibilizar parlamentares sobre as demandas da categoria.

Principais reivindicações

Entre as principais pautas levantadas pelos policiais civis estão:

• Recomposição de perdas salariais acumuladas ao longo dos últimos anos;
• Criação da classe substituto e referência, medida que impactaria diretamente a progressão da carreira;
• Assistência à saúde para os policiais civis, reivindicação que busca garantir atendimento especializado para a categoria;
• Aprovação do projeto de criação do cargo de Oficial Investigador de Polícia, visando a reestruturação das funções dentro da Polícia Civil;
• Lei Orgânica Estadual da Polícia Civil, que regulamentaria e modernizaria a estrutura e o funcionamento da instituição.

Insatisfação com a gestão da Segurança Pública

A mobilização ocorre em um contexto de tensão entre os policiais civis e a gestão estadual. Desde a nomeação do delegado Bruno Sousa Azevedo como secretário da Segurança Pública, em 16 de janeiro, os sindicatos demonstraram insatisfação com a escolha. Antes mesmo da nomeação oficial, o Sinpol-TO já havia divulgado nota cobrando que a SSP adotasse uma gestão mais inclusiva, com diálogo entre todas as categorias da Polícia Civil.

As entidades criticaram a predominância de delegados em cargos estratégicos dentro da Segurança Pública, alegando que a administração anterior teria favorecido essa categoria em detrimento dos demais profissionais da segurança. O temor é de que a nova gestão mantenha esse modelo, sem atender às demandas apresentadas pelos agentes, escrivães e peritos.

Os sindicatos ressaltam que a manifestação desta terça-feira tem o objetivo de pressionar o governo a avançar na pauta da valorização dos policiais civis e melhorar as condições de trabalho da categoria.