População precisa fazer sua parte na luta contra a dengue, inclusive cobrar ações das prefeituras
06 fevereiro 2024 às 13h07
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Nós sabemos que não faltou dizer e que já foi dito milhares ou milhões de vezes, mas não custa lembrar o que vamos falar aqui. A responsabilidade não é apenas do poder público, é também de cada cidadão.
Mais uma vez nos vemos às voltas com uma epidemia de dengue que já atinge pelo menos três estados bem populosos: Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, dentre outros. O que preocupa é ver que muita gente ao invés de ir limpar seus quintais como era feito antes, está esperando para tomar vacina, ou, quem tem como pagar, está indo às farmácias para se imunizar. Mas a vacina em questão só protegerá contra a dengue.
Muitas prefeituras, e as pessoas também, amoleceram no controle do mosquito Aedes aegypti, que transmite não só a dengue, mas a febre amarela urbana, a chikungunya e a zika. Todas estas doenças, quando não matam, deixam sequelas graves.
Ao contrário da covid-19, a dengue, a chikungunya e a zika não são transmitidas de pessoa a pessoa, mas através do vetor, que é o mosquito Aedes aegypti, que se reproduz em qualquer poça mínima de água. E esta praga não vai acabar, parece que com o aquecimento global está ampliando suas áreas de ação, o que deve nos preocupar mais ainda.
Se um morador em cada residência dedicar 10 minutos diários do seu tempo para vistoriar o quintal de sua casa, é possível reduzir drasticamente a quantidade de casos de dengue. Se cada morador mobilizar os vizinhos de cada lado de sua casa, ou verificar o lote baldio que tem por perto a quantidade de casos certamente vai cair.
Se grupos de vizinhos se mobilizarem para limpar ou denunciar à prefeitura os terrenos baldios com lixo, as casas desocupadas com possíveis focos ou ainda verificar em cada lugar que andar possíveis focos. Uma tampa de garrafa de refrigerante ou cerveja pode estar servindo de berçário de mosquitos. Os vasos de plantas, ou mesmo plantas que acumulam água em suas folhas podem ser focos de reprodução do Aedes aegypti.
Na sua casa, verifique a caixa d’água, os vasos das plantas, retire e fure pneus latas, garrafas plásticas e quaisquer utensílios que possam acumular água. Não deixe de virar de cabeça pra baixo as garrafas de vidro vazias reutilizáveis ou colocar em área coberta.
Os cuidados com o lixo também são importantes para evitar que sirva de local de postura de ovos.
Receba bem os agentes de saúde e os agentes de endemias da prefeitura da sua cidade e siga as recomendações. Lembre-se que neste primeiro momento a vacina contra a dengue não será oferecida à toda a população por não haver ainda quantidade suficiente pelo fabricante.
Contra dengue, chikungunya, febre amarela urbana e zika, o melhor é combater o mosquito. Veja neste link informações e recomendações sobre o combate ao mosquito Aedes aegypti: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/aedes-aegypti