O aumento de casos de covid-19 no município de Lajeado, região central do Tocantins, levou a prefeitura a reforçar as medidas de prevenção contra o vírus. Um decreto publicado na sexta, 7, no Diário Oficial recomendou o uso de máscaras em ambientes fechados e determinou a obrigatoriedade do equipamento em unidades de saúde. A higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel também foi intensificada.

Segundo boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde, atualizado em 6 de fevereiro, Lajeado registrou 30 casos confirmados de covid-19, com 19 casos descartados e 49 notificações. Apesar do aumento, o município não apresenta internações ou óbitos relacionados à doença.

Em âmbito estadual, o Tocantins reportou 298 novos casos na última semana epidemiológica, acumulando 382.778 diagnósticos desde o início da pandemia, de acordo com dados do Ministério da Saúde. A taxa de mortalidade estadual é de 0,32 por 100 mil habitantes, um dos índices mais baixos do país.

O decreto municipal destaca a necessidade de prevenir a proliferação do vírus e proteger a população, especialmente diante do aumento recente de casos. As medidas entram em vigor imediatamente, visando conter o avanço da covid-19 e garantir a segurança sanitária da população.

Conforme a prefeitura, as ações em Lajeado seguem alinhadas às orientações das autoridades de saúde, com reforço na conscientização da população sobre as medidas de proteção. A gestão disse que o cenário será monitorado de perto e ajustes nas estratégias podem ser feitos conforme a evolução dos casos.

Sintomas pós-Covid-19 ainda desafiam diagnóstico e atenção à saúde

Uma pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz) identificou que a síndrome pós-Covid-19, também conhecida como Covid longa, continua subdiagnosticada e negligenciada nos serviços de saúde. Embora 91,1% dos entrevistados tenham relatado ao menos um sintoma pós-Covid e 71,3% convivam com sintomas frequentes, apenas 8,3% receberam um diagnóstico formal da condição.

Entre os sintomas mais relatados pelos pacientes estão fadiga, mal-estar pós-exercícios, dor nas articulações, alterações no sono e comprometimento cognitivo. Além disso, a pesquisa revelou uma alta taxa de mortalidade, com 12% dos pacientes falecendo até dois anos após a alta hospitalar.

Os dados indicam a necessidade urgente de ampliar o reconhecimento da Covid longa pelos profissionais de saúde e de adequar os serviços de saúde pública, como o SUS, para oferecer o suporte necessário a quem convive com a condição.