Prefeitura de Palmas e UFT celebram acordo para construir Hospital Municipal Universitário
03 junho 2024 às 18h57
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Nesta segunda-feira, 03 de junho, a prefeitura de Palmas e a Universidade Federal do Tocantins (UFT) assinaram um protocolo de acordo para a construção do Hospital Municipal Universitário de Palmas. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa com a presença de representantes da gestão municipal, governo federal, UFT, Câmara Municipal de Palmas e Assembleia Legislativa do Tocantins.
Conforme informado, quando construído, o hospital contará com 400 leitos de internação, 70 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 16 salas de cirurgia e um ambulatório especial com 46 consultórios. A previsão é que a unidade hospitalar custe R$ 233,7 milhões, sendo o custo e a execução da obra divididos entre a prefeitura e a UFT. Quando pronto, a administração do hospital será feita pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), sob gestão da prefeitura de Palmas.
O processo licitatório será conduzido pela UFT, que conta com o projeto de construção em estado avançado. “Para nós, palmenses, para nós, Tocantins, é um dia que, sem dúvida, já vai ficar marcado na história da nossa capital”, disse a prefeita Cinthia Ribeiro. Segundo a gestora, a assinatura envolveu um esforço técnico muito grande, pois a gestão aguardava a publicação da doação da área (pelo Governo do Estado) para a prefeitura na Quadra ACSU SO 130 (1.301 Sul), e alguns trâmites internos que ainda estão sendo construídos. “É necessário ter segurança jurídica, financeira, de projeto, e de administração para um projeto como este. Não se trata apenas de construir um hospital, mas de garantir que ele funcione bem e que a licitação seja bem feita”, acrescentou.
O reitor da UFT, Luís Eduardo Bovolato, conta que o projeto nasceu há cerca de 7 meses e agora há um escopo jurídico mais centrado e palpável. “Precisamos da garantia de que essa obra terá condições de ser concluída, de que a licitação será bem feita, e que a administração e gestão do hospital serão eficientes”.
De acordo com o reitor, o projeto do Hospital Universitário é algo que a universidade se debruçou entre 2003 e 2014. “Conseguimos uma área, mas houve uma cláusula de reversão e chegamos a licitar a obra, mas por questões jurídicas, essa briga foi até o Supremo. Quando o Supremo proferiu uma decisão, já não tínhamos mais o recurso no orçamento da União para a execução. Voltamos à estaca zero e, após 5 anos, a área voltou para o estado. Iniciou-se a pressão para que essa área voltasse para a universidade”.
A área que retornou ao estado foi repassada para a Prefeitura de Palmas, com a obrigação de construir o hospital em cinco anos. A Prefeitura de Palmas recebeu uma área de 24 mil metros quadrados e a UFT recebeu da União outra do mesmo tamanho, ao lado do espaço da prefeitura. Com isso, a gestão e a UFT decidiram construir o hospital juntas. O projeto original do hospital universitário da UFT era de 48 mil metros quadrados.
“Há 7 meses, iniciamos esse diálogo com a prefeitura, e a prefeita abraçou a ideia de construir o hospital em conjunto. Isso é o melhor cenário, sem vaidade, pensando no futuro de Palmas. Atende às necessidades da universidade, das instituições de ensino, do ponto de vista do ensino, da pesquisa, da extensão, da inovação, da formação e qualificação profissional, do atendimento de qualidade. O hospital universitário é pensado para ser um hospital escola, para a formação técnica e científica de todas as áreas da saúde”, disse o reitor.