Procura por menino indígena Karajá dura dez dias com atmosfera de luto na Aldeia Macaúba
30 janeiro 2024 às 17h09
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A Aldeia Macaúba, na Ilha do Bananal, enfrenta um período de tristeza e paralisação nas atividades festivas e rituais há dez dias, desde o desaparecimento de Bruno Karajá, um menino de 11 anos que sumiu durante uma pescaria com o pai. A comunidade, incluindo familiares e mais de 50 pessoas, entre indígenas e militares, está engajada nas buscas. Todas as atividades normais dos povos Karajás foram interrompidas, resultando em uma atmosfera de luto na aldeia.
A família compartilha a triste rotina da aldeia, onde festas, rituais e a cultura em geral foram suspensos devido ao desaparecimento. As buscas envolvem mutirões organizados pelos indígenas, com o suporte gradual dos bombeiros desde o dia do incidente. As mulheres indígenas, que antes se reuniam para atividades como coletar frutas, agora adentram a mata em busca de vestígios do menino desaparecido.
No décimo dia de buscas, os sentimentos da família se conflitam entre a esperança de encontrar a criança com vida e a frustração das varreduras diárias sem novas pistas. Uma força-tarefa, composta por bombeiros, policiais militares e indígenas, continua as buscas incessantes, explorando terra, céu e água na região entre Santa Terezinha (MT) e Pium (TO). Apesar dos esforços, até o momento, não foram encontradas pistas consistentes da criança.
O desaparecimento de Bruno mobilizou uma série de ações desde o primeiro dia, incluindo a participação de helicópteros e o apoio de militares do Mato Grosso. A comunidade, junto com as forças de segurança, tem se reunido para desenvolver estratégias e intensificar as buscas. Contudo, mesmo com todo o suporte, a incerteza persiste, e as equipes continuam enfrentando desafios climáticos e geográficos na busca por Bruno Karajá.