Os dados do departamento de Monitoramento, Avaliação e Disseminação de Informações Estratégicas em Saúde (Demas) da Secretaria de Informação e Saúde Digital (SEIDIGI) do Ministério da Saúde mostram que os tocantinenses estão com cobertura vacinal baixa em nove tipos de vacinas. Os imunobiológicos são BCG, com apenas 64,96% da meta alcançada, Hepatite B (77,50%), Febre Amarela (84,90%), Hepatite A Infantil (89,96%), DTP 1º reforço (88,18%), Tríplice Viral 2ª dose (65,77%), Poliomielite Oral Bivalente (89,98%), Varicela 81,68%, Meningo C (89,46%), DTPa (92,63%).

O quantitativo é levantado a partir da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). Segundo o Ministério da Saúde, a vacinação é uma intervenção de elevado custo-benefício e contribui para o avanço na prevenção, controle, eliminação e erradicação das doenças preveníveis por vacina. “É de suma importância o monitoramento da vacinação, para que seja acompanhado e avaliado o esquema vacinal, o número de doses e as idades adequadas para cada vacina, conforme o calendário definido pelo Ministério da Saúde”.

O Ministério acrescenta que sendo entendida como um dos elementos essenciais para o alcance da equidade em saúde, a vacinação é a forma mais eficaz na prevenção das doenças imunopreveníveis e melhoria dos indicadores de saúde. “Para o sucesso da imunização, recomenda-se que toda vacina seja aplicada dentro do esquema definido e no prazo adequado”.

Investimento

O Ministério da Saúde anuncia a destinação de R$ 150 milhões aos estados e municípios para apoiar diversas iniciativas de vacinação em todo o Brasil ao longo de 2024. No Tocantins, o montante a ser recebido será de R$ 186,9 mil, além de R$ 1,8 milhão destinado aos 139 municípios do estado.

Segundo o Ministério, as medidas visam principalmente o público infantil e adolescente, menores de 15 anos. Este investimento pretende otimizar os resultados alcançados até o momento, destacando o aumento das coberturas vacinais desde 2023, onde houve uma melhoria em 13 dos 16 principais imunizantes. Entre os destaques estão as vacinas contra poliomielite, hepatite A, febre amarela, tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e pneumocócica.

Estratégia em escolas

Uma das metas é incentivar a realização de estratégias de vacinação nas escolas pelos municípios. O Ministério da Saúde propõe uma agenda prioritária de imunização escolar voltada para crianças e adolescentes menores de 15 anos. Em 2023, coordenadas pelo Ministério, 3.992 municípios brasileiros declararam ter realizado alguma ação de vacinação nas escolas, como verificação de caderneta ou vacinação no ambiente escolar.

Poliomielite

Além disso, outra iniciativa contemplada é a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, planejada para o primeiro semestre em todos os 5.570 municípios. O objetivo é ampliar a cobertura vacinal e proteger as crianças menores de 5 anos contra a poliomielite, considerando o risco de reintrodução da doença. A última ocorrência no Brasil foi em 1989. Este ano, ocorrerá a substituição dos reforços com a vacina oral poliomielite (VOP) por um reforço com a vacina inativada poliomielite (VIP).

Dado esses cenários e os compromissos assumidos para a erradicação da poliomielite e a eliminação do sarampo, serão monitoradas as estratégias de vacinação realizadas contra essas doenças em 2024. O objetivo é identificar crianças menores de 5 anos não vacinadas ou com esquema de vacinação incompleto.