Trabalhadores do Tocantins promovem um ato contra a escala de trabalho 6×1 nesta sexta-feira, 15, Dia da Proclamação da República. O assunto está sendo amplamente discutido nesta semana após o recolhimento das assinaturas para a tramitação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da deputada federal Erika Hilton (PSOL), que discutirá o fim do regime.

A manifestação contrária a escala se concentra no Parque dos Povos Indígenas, em Palmas, às 17 horas. Até o momento, o ato conta com o apoio de partidos, coletivos e entidades como a  Correnteza, Enegrecer, Kizomba, o Movimento Araguaia, o Partido Democrático Trabalhista (PDT), o Partido Liberal do Tocantins (PL Tocantins), o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), o Partido Socialismo e Liberdade (PSoL), o Partido dos Trabalhadores (PT), a Resistência Socialista, a União da Juventude Rebelião (UJR), a União da Juventude Socialista (UJS), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Unidade Popular (UP).

A PEC para reduzir a jornada semanal de trabalho de 44 para 36 horas recebeu apoio suficiente para ser protocolada na Câmara dos Deputados, com mais de 171 assinaturas. A PEC propõe uma jornada com três dias de folga semanais, incluindo o fim de semana. A proposta atraiu apoio popular nas redes sociais. Do Tocantins, apoiaram a movimentação da proposta os deputados Ricardo Ayres (Republicanos) e Carlos Gaguim (UB). 

O processo de aprovação da PEC envolve várias etapas legislativas. Após o protocolo, o texto deve passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde será analisada sua admissibilidade. Caso aprovada, seguirá para uma comissão especial que terá até 40 sessões para votar o mérito do texto, antes de ser enviado ao plenário. No plenário, a PEC precisará de 308 votos em dois turnos para ser aprovada e, então, passará pelo Senado, onde precisará de pelo menos 49 votos para promulgação.