Tocantins atinge menor índice de pobreza desde 2012, segundo IBGE
09 dezembro 2024 às 11h28
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O Tocantins alcançou em 2023 o menor percentual de sua população vivendo abaixo da linha de pobreza desde 2012. Dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que 28,6% da população tocantinense vivia nessa condição, uma redução de 14,2 pontos percentuais em comparação a 2021, quando 42,8% estavam abaixo da linha de pobreza, refletindo os impactos do cenário pós-pandemia.
O estado registrou a segunda menor taxa de pobreza entre as regiões Norte e Nordeste, ficando atrás apenas de Rondônia, que apresentou 24,4%. No panorama nacional, o Tocantins ocupa a 13ª posição com a menor taxa de pobreza. A proporção da população tocantinense vivendo na extrema pobreza também registrou queda, passando de 7,6% em 2021 para 4,2% em 2023. Em números absolutos, mais de 50 mil pessoas (50.934) saíram dessa condição, reduzindo o contingente de 120 mil para 69 mil pessoas. Esse é o menor índice de extrema pobreza registrado no estado desde 2012.
Para a análise, o IBGE utilizou as linhas do Banco Mundial ajustadas pelo Poder de Paridade de Compra (PPC). De acordo com essa metodologia, a linha de pobreza é definida como renda per capita mensal de até R$665, enquanto a extrema pobreza se refere à renda inferior a R$209. A melhora nos indicadores reflete um crescimento na ocupação e no rendimento domiciliar, uma vez que em 2023, a população ocupada no Tocantins chegou a 755 mil pessoas, um incremento de 101 mil em comparação a 2021. O rendimento domiciliar médio per capita também apresentou elevação, passando de R$1.193 em 2021 para R$1.544 em 2023.
Os dados nacionais também mostraram avanço na redução da pobreza. Em 2023, 27,4% da população brasileira vivia abaixo da linha de pobreza, o menor percentual desde 2012. Em um ano, 8,7 milhões de pessoas deixaram essa condição, reduzindo o contingente de 67,7 milhões em 2022 para 59,0 milhões em 2023.
Na extrema pobreza, os números nacionais também são relevantes, com a proporção da população com renda abaixo de R$209 mensais caindo para 4,4%, a menor registrada desde 2012. Pela primeira vez, esse indicador ficou abaixo de 5%. Em números absolutos, 3,1 milhões de pessoas deixaram a extrema pobreza, reduzindo o total de 12,6 milhões em 2022 para 9,5 milhões em 2023.