Entre 21 de março e 3 de abril, o estado de Tocantins registrou 3.047 contratos negociados no novo modelo de empréstimo consignado do Crédito do Trabalhador, disponível por meio da Carteira de Trabalho Digital. No total, 3.033 trabalhadores do estado optaram por esse crédito, que oferece taxas de juros mais baixas em relação aos modelos tradicionais. O volume total de crédito liberado no Tocantins ultrapassou R$ 21,2 milhões, com o valor médio de cada empréstimo chegando a R$ 6.984,05. O prazo médio de pagamento foi de 18 meses, com parcelas mensais de R$ 379,70.

Em âmbito nacional, o programa já ultrapassou R$ 3,3 bilhões em empréstimos consignados, com 532.743 contratos formalizados, representando um valor médio de R$ 6.209,65 por trabalhador. O prazo médio para quitação é de 18 meses, com parcelas de R$ 350,46. Ao todo, mais de 47 milhões de trabalhadores assalariados com carteira assinada estão aptos a acessar essa linha de crédito.

O ministro Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) afirmou que o Crédito do Trabalhador inaugura uma nova perspectiva no mercado de crédito, proporcionando melhores condições para os trabalhadores. “O Crédito do Trabalhador traz uma nova cultura de crédito e a cada dia tem se consolidado com sucesso, com novos bancos entrando, oferecendo taxas mais baixas e reduzindo dívidas dos trabalhadores”, destacou Marinho.

A Medida Provisória que instituiu o Crédito do Trabalhador foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 12 de março. Durante a assinatura, o presidente ressaltou que o objetivo da medida não é gerar endividamento, mas sim promover inclusão financeira e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores ao oferecer opções de crédito com taxas mais acessíveis.

A região Sudeste lidera o número de contratos fechados, com 234.863 empréstimos e R$ 1,44 bilhão concedido. O estado de São Paulo se destaca com a maior quantidade de liberações, beneficiando 131.306 trabalhadores e totalizando R$ 848,7 milhões em empréstimos. No Rio de Janeiro, foram 51.124 trabalhadores que contrataram o consignado.

O Distrito Federal apresenta a maior média de valor emprestado, com R$ 9.809,75 por trabalhador, superando a média nacional de R$ 6.209,65. A região Centro-Oeste também se destaca, com Mato Grosso apresentando uma média de R$ 7.477,51 por empréstimo.

O acesso ao crédito é condicionado a fatores como tempo de serviço, salário e a possibilidade de oferecer garantias. Os trabalhadores podem utilizar até 10% do saldo do FGTS ou 100% da multa rescisória como garantia, ou ainda optar por não oferecer garantias. Além disso, as parcelas não podem ultrapassar 35% da renda mensal do trabalhador.

Caso o trabalhador decida cancelar o empréstimo, ele tem até sete dias corridos após o recebimento do crédito para devolver o valor integral à instituição financeira. A partir de 25 de abril, também será possível transferir empréstimos com taxas mais altas para outras opções com condições mais vantajosas.

O Crédito do Trabalhador está disponível exclusivamente na Carteira de Trabalho Digital e, a partir de 25 de abril, todas as instituições financeiras poderão oferecer essa linha de crédito por meio de suas plataformas digitais. O programa também atende empregados domésticos, trabalhadores rurais e microempreendedores individuais (MEIs), desde que não possuam outro empréstimo consignado vinculado ao mesmo vínculo empregatício.