Tocantins registrou aumento de nascimentos e redução de mortes em 2023

16 maio 2025 às 17h47

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira, 16, os dados da pesquisa de Estatísticas do Registro Civil referentes ao ano de 2023. Entre as informações levantadas, o Tocantins apresentou crescimento de 3,4% no número de nascidos vivos em comparação a 2022. O total de óbitos registrados foi de 8.545, uma redução de 5,4% em relação ao ano anterior.
Em números absolutos, foram contabilizados 22.959 nascimentos no estado em 2023, ante 22.126 no ano anterior. Apesar do crescimento, o Tocantins registrou a quarta menor taxa de nascimentos entre as unidades da federação, ficando à frente apenas do Acre (14.147), Amapá (12.361) e Roraima (11.760).
No cenário nacional, foram registrados 2.523.267 nascimentos. O total de registros chegou a 2.598.289 devido à inclusão de 75.022 pessoas nascidas em anos anteriores e registradas apenas em 2023. No Tocantins, 645 pessoas nascidas em anos anteriores foram registradas no último ano.
O mês com maior número de nascimentos no Tocantins foi maio, com 2.089 bebês registrados. Março teve 2.056 nascimentos e abril, 2.018. Juntos, esses três meses representaram 26,8% dos partos no estado. Novembro foi o mês com menor número de nascimentos: 1.689 registros.
Quanto ao sexo dos recém-nascidos, foram registrados 11.867 homens e 11.081 mulheres. Outros 11 nascimentos foram classificados como “ignorado” no levantamento. A pesquisa também aponta que apenas três casos de nascimentos de gêmeos foram registrados, o que representa 0,01% do total. Os demais partos foram de uma criança.
A faixa etária mais comum entre as mães foi de 20 a 29 anos, responsável por 51% dos partos (11.716 nascimentos). Entre as mães com até 19 anos, foram registrados 3.460 nascimentos, sendo 3.268 entre 15 e 19 anos. Mães com até 15 anos somaram 174 casos. Ainda de acordo com o IBGE, 22 mulheres com mais de 50 anos deram à luz em 2023.
Do total de nascimentos, 22.727 ocorreram em hospitais. Houve ainda 82 partos domiciliares e 142 em outros locais. O local de nascimento de oito bebês consta na pesquisa como “ignorado”.
No que se refere aos óbitos, o estado teve 8.545 registros em cartórios em 2023, redução de 5,4% em relação a 2022, quando foram registrados 9.038 óbitos. Do total de mortes registradas no ano passado, 230 ocorreram em anos anteriores.
Assim como no caso dos nascimentos, maio também foi o mês com maior número de mortes, com 787 registros. Fevereiro teve o menor número, com 653 óbitos.
Entre os óbitos registrados, 5.221 foram de homens e 3.313 de mulheres. A pesquisa mostra ainda que 101 pessoas que morreram tinham entre 1 e 14 anos. A maioria dos óbitos (5.338) foi de pessoas com 60 anos ou mais, sendo 1.505 delas com 85 anos ou mais.
Em todo o país, foram registrados 1.650.421 óbitos, sendo 1.429.575 ocorridos em 2023 e 20.846 em anos anteriores. O Tocantins ficou em segundo lugar no país em relação ao aumento de mortes por causas externas (não naturais), com alta de 12,6%, atrás apenas do Amapá (16,7%). Das 1.096 mortes não naturais no estado, 915 foram de homens.
Os dados foram obtidos por meio de registros administrativos de cartórios de registro civil de pessoas naturais, tabelionatos de notas e varas da Justiça. O objetivo do levantamento é subsidiar estudos demográficos, acompanhar a evolução da população, verificar a cobertura dos sistemas de registro, apoiar políticas públicas e analisar aspectos sociais da população.
Em relação à guarda de filhos menores após divórcios judiciais, houve mudança na distribuição da responsabilidade. Em 2014, primeiro ano da variável, 80,9% dos casos tinham guarda atribuída às mulheres, 8,13% aos homens e 7,60% a ambos os cônjuges. Em 2023, a guarda compartilhada foi predominante, com 51,9% dos casos. As mulheres representaram 39,7% e os homens, 2,74%.
No âmbito nacional, embora também em queda, as mulheres ainda concentram a maior parte das guardas (45,5%), seguidas por ambos os cônjuges (42,3%) e pelos homens (3,30%).
Sobre os divórcios no Tocantins, dos 3.411 registrados em 2023, a maior parte (3.161) foi formalizada sob o regime de comunhão parcial de bens, correspondendo a 92,7%. A comunhão universal foi adotada em 114 casos (3,34%) e a separação de bens em 121 divórcios (3,55%).