Tocantins sediará seu primeiro Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia
27 dezembro 2023 às 17h12
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O estado do Tocantins foi selecionado entre 42 projetos de alto nível em todo o país para sediar seu primeiro Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT). O projeto, intitulado “INCT em Ecotoxicologia Terrestre”, garantiu um investimento de R$260 milhões para pesquisas científicas de ponta no país. Os recursos provêm do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (Fapt), com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do CNPq.
Sediado no campus de Gurupi da Universidade Federal do Tocantins (UFT), este é o primeiro INCT de Tocantins e o pioneiro no país a se concentrar em ecotoxicologia terrestre. O INCT em Ecotoxicologia Terrestre investigará os impactos dos agrotóxicos no solo e os possíveis efeitos adversos na saúde humana.
O anúncio foi feito pela ministra Luciana Santos e pelo presidente do CNPq, Ricardo Galvão, na abertura do 62º Fórum Nacional do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) em Brasília. Esta iniciativa abrange 42 projetos científicos em todo o país, com um investimento total de R$260 milhões destinado a projetos considerados de alto valor científico e a serem desenvolvidos colaborativamente.
De acordo com o Prof. Dr. Márcio Silveira, presidente da Fapt, a implementação do INCT posicionará o Tocantins como referência nessa área de estudo. “Esperamos alcançar sucesso na execução dessa proposta, que é muito importante para o Brasil, já que a compreensão dos fatores sobre o uso de agrotóxicos pode impactar positivamente não apenas na saúde do solo e da população, mas numa melhor produtividade”, pontuou Silveira.
Para o coordenador do INCT em Ecotoxicologia Terrestre, Prof. Dr. Renato Sarmento, ter o projeto entre os contemplados no país aponta para a excelência e potencial dos pesquisadores e instituições de pesquisa científica do Tocantins. “Isso mostra, ao Brasil e ao mundo, que, aqui no Tocantins, temos infraestrutura e recursos humanos capazes de desenvolver pesquisas que possam resolver grandes problemas mundiais. Isso abre caminho para a nucleação de novos grupos de excelência no Tocantins, bem como a criação de novos INCTs”, destaca Sarmento.
Já para a vice-coordenadora, Profa. Dra. Vanessa Bezerra de Menezes Oliveira, o INCT em Ecotoxicologia Terrestre será essencial para determinar quais os produtos mais eficazes no combate de pragas indesejadas na produção agrícola, além daqueles que minimizam efeitos deletérios ao meio ambiente e aos seres humanos. “Dessa forma”, explica a professora Vanessa, “o conhecimento e ferramentas adquiridas neste INCT fornecerão evidências científicas e tecnológicas a decisores políticos, à indústria de agrotóxicos e aos usuários, permitindo melhorar a produção de alimentos, ao mesmo tempo em que se minimizam os impactos ambientais”.
O pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação da UFT, Prof. Dr. Raphael Pimenta, enfatizou a excelência científica da UFT e, na ocasião, parabenizou os pesquisadores envolvidos nesta conquista especial, concorrida por vários projetos de alto nível em todo o país. “Isso demonstra a qualidade das pesquisas que são feitas em nossa instituição, em especial por esse grupo de professores capitaneados pelo professor Renato Sarmento, que tem demonstrado uma excelência internacional, com publicações importantes, projetos incríveis, que têm sido aprovados e financiados devido ao alto grau das pesquisas realizadas aqui na UFT”, frisa Pimenta.
Sobre o Programa INCT
Criado em 2008, o Programa Institutos Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação (INCT) contempla grandes projetos de pesquisa de longo prazo – em redes nacionais e/ou internacionais de cooperação científica -, para o desenvolvimento de projetos de alto impacto científico e de formação de recursos humanos. Os INCTs abrangem diferentes áreas do conhecimento – Ciências Humanas, Biológicas, Exatas e Agrárias -, envolvendo milhares de pesquisadores e bolsistas no estudo de temáticas complexas.