Quatro pessoas, incluindo três policiais militares e um empresário, foram condenadas pela Justiça do Tocantins pela prática de tortura, sequestro e cárcere privado qualificado, na terça-feira, 13.

Os policiais Artur Figueiredo Pinto, Marlo Soares Parente e Pablo Rogério Monteiro Parente receberam penas de cinco anos e cinco meses de reclusão. Já o empresário Diego Henrique Gurgel Hosken foi condenado a cinco anos e seis meses de prisão.

Além da reclusão, a sentença determinou a perda dos cargos públicos dos policiais militares, com a proibição de exercerem qualquer função pública pelo dobro do tempo de condenação. A decisão levou em consideração a gravidade dos crimes e a incompatibilidade das condutas com os deveres profissionais dos agentes de segurança pública.

Investigações

A condenação foi sustentada por provas diversas, incluindo exames periciais, registros fotográficos, depoimentos de testemunhas, quebras de sigilo de dados e geolocalização dos envolvidos. A sentença é de primeiro grau, podendo ser recorrida pelos condenados, que seguem em liberdade.

Os crimes ocorreram em 13 de agosto de 2021, na zona rural de Rio da Conceição, em meio a um conflito fundiário sobre uma área de 3 mil hectares conhecida como Loteamento Gerais. A vítima foi rendida, amarrada, vendada, agredida com facão e ameaçada de morte, sendo abandonada às margens de uma rodovia após aproximadamente uma hora de tortura.