Por Redação

Rafael Sulino de Castro é irmão do advogado Thiago Sulino de Castro, preso na sexta-feira; Rafael também era lotado no gabinete de Angela Issa Haonat também investigada pela PF

STJ afastou magistrados, autorizou a prisão de duas pessoas e o cumprimento de mais de 60 mandados de busca e apreensão em órgãos públicos e residências de investigados

A determinação foi uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ)

Além do SBT, ele era dono da Jequiti Cosméticos, da Liderança Capitalizações, do Hotel Jequitimar e tinha mais de 3 mil imóveis

Empresa fornecerá produtos para 17 lojas nos três estados

Forte candidata a ser a primeira mulher a comandar os EUA, Kamala disputa com o poderoso Donald Trump

Silvio era a cara de uma era da TV que não existe mais. O engajamento, a repercussão, a euforia, para o bem e para o mal, se foram

* Rubens Gonçalves
Uma sombra persistente que se recusa a se dissolver na luz da consciência; que se arrasta ao nosso lado, indesejada, como um lembrete constante da nossa vulnerabilidade frente a um mundo que parece nunca dar trégua. Um zumbido eterno no fundo da mente. Uma melodia dissonante que nos acompanha até nas horas mais silenciosas da noite. Mas a verdadeira tragédia não está apenas no sentir. Ela se esconde no fato de que nos isolamos em um universo de inquietações pessoais, enquanto o mundo continua a girar, impassível.
A ironia cruel? Em um mundo no qual a comunicação nunca foi tão acessível, nos tornamos cada vez mais distantes. Cada notificação, cada e-mail não lido, cada mensagem que exige resposta, é uma gota no oceano do nosso estresse diário. Somos navegantes em um mar de informação que, em vez de nos trazer clareza, nos afunda ainda mais em nossa própria turbulência.
E não há discriminação. Classe social, idade, origem, nada importa. É a revelação constante de nossa fragilidade diante da eterna pressão: não atender às expectativas alheais, não alcançar metas, falhar… Tudo se amalgama em um caldo de inseguranças que fervilha dentro de nós.
Buscamos refúgio. Tentamos nos distrair com um episódio de série ou uma compra online. Mas ela persiste, como um espelho cruel que reflete nossa incapacidade de simplesmente parar. Respirar…
Nos esforçamos para controlar o incontrolável. Lemos livros de autoajuda, em busca de soluções rápidas, receitas mágicas para a paz interior. Mas, talvez, a resposta resida em algo mais simples: aceitar nossa própria imperfeição.
Vivemos uma era de demandas implacáveis e expectativas irreais, que exige coragem para simplesmente estar presente, mesmo quando a mente clama por outro roteiro. Um roteiro no qual os problemas desaparecem. E, por fim, descobrimos a beleza tênue na simplicidade da vida.

Não vou falar que ele era o maior “case” de sucesso e superação da TV brasileira, porque isso todo mundo já sabe. Quero falar das minhas tardes de domingo com minha família…

A frequência esporádica e preocupante de incêndios que vem acometendo áreas periféricas de grandes cidades é uma das várias questões brasileiras que não têm tanta luz jogada ou explicações alcançadas sobre essas situações. No final de junho deste ano, um incêndio considerado de grande proporções pelas forças de segurança, atingiu dezenas de residências na comunidade Olaria, no bairro Campo Limpo, em São Paulo. Foram cerca de 1.500 metros quadrados que viraram cinza. Felizmente ninguém ficou ferido. Cerca de 300 famílias foram prejudicadas e traumatizadas.
Em janeiro deste ano, cerca de 1.200 pessoas foram acometidas por um incêndio no bairro Real Parque, localizado no distrito do Morumbi. 320 casas pegaram fogo. A causa do incêndio foi dada como desconhecida. Baseado em informações dos Corpos de Bombeiros de São Paulo, em 2002, na favela próxima do Marginal do Pinheiro, 1.131 famílias também foram vítimas de incêndios.
Também em janeiro a favela de Coelhos, na Ilha do Leite, localizada no centro de Recife, sofreu com a desgraça das chamas que começaram às sete e meia da manhã. As casas de palafitas carbonizaram rápido.
O que se repete em casos como esses são a ausência de conclusões investigativas e contextos instáveis no que se refere à direito à moradia e documentação das residências presentes nesses locais. E claro, o interesse de todas áreas serem desocupadas por essas famílias para algum objetivo que não vai a favor dos interesses de empresários e políticos beneficiados por essas decisões.
Não existe atenção e política pública por parte do Estado destinadas a essas periferias e, por conta da falta de prevenção e melhorias dos gestores, tragédias acabam sendo mais comuns do que deveriam. Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), entre o período de 2001 e 2016, as favelas localizadas nas áreas mais valorizadas podem ter até duas vezes mais ser acometidas por incêndios do que bairros que o metro quadrado com valor na média ou abaixo.
As comunidades se tornaram mais valorizadas após a operação urbana, o estudo revelou um aumento de 80% no risco dessas favelas sofrerem incêndios criminosos. O valor da localização e o aumento dos incêndios existe e não pode ser ignorada. É nítido e cruel a falta de investigação e conclusões em relação a esses casos que beneficiam um setor econômico. Se trata do despejo de famílias vulneráveis socialmente que, segundo o estudo, tem um aumento que não passa por coincidência.
Em Goiânia, 2005, não houve incêndio, mas houve a remoção violenta e criminosa de 3.000 famílias que ocupavam o bairro Parque Oeste Industrial em Goiânia. A comunidade era chamada Sonho Real. 800 pessoas foram detidas, 16 feridos e três mortos. Só em janeiro de 2020 464 famílias receberam escrituras das casas que ocupam no Residencial Real Conquista, na região Sudoeste da Capital.
Hoje, a área no Parque Oeste Industrial que era ocupada pelos moradores tem prédios residenciais enormes, feitos pelas predadoras construtoras civis. Difícil escrever que a morte é usada como instrumento de mudança nos grandes capitais. Em alguns momentos nítidos como desocupações entre polícia e moradores em conflitam matam, e em outros momentos mais silenciosos, com a falta de investigações e a devida atenção a incêndios em zonas valorizadas pelo mercado imobiliário que coincidentemente assumiram frequência.