Por Redação

O senador ponderou que "não será ofendendo símbolos religiosos" que a inclusão será promovida

Exaltando a força da Comunidade Europeia, a França abriu os Jogos Olímpicos de Paris. Os atletas das delegações que participam, desfilaram em barcos abertos pelo Rio Sena, com espetáculo “gratuito” ao estilo “pão e circo” para o povo

Com 274 atletas inscritos, o Brasil ocupou um barco inteiro

Pela primeira vez, a delegação de atletas brasileiros é formada 55% por mulheres

Cerimônia será transmitida ao vivo pela TV Globo, pelos canais a cabo da SporTV e pela plataforma de streaming Globoplay

MP cobra que Secretaria da Educação Municipal reponha aulas na rede municipal de ensino; Semed tem prazo de 10 dias para apresentar documentos referentes ao serviço

O projeto de lei que define o imposto sobre compras internacionais de até US$ 50 foi sancionado pelo presidente Lula

Mais um vez o eleitor brasileiro é confrontado com uma prática dentro da política que tem desencorajado a participação no pleito: a velha política. Mesmo com os discursos continuarem com a promessa de “renovação” e de “mudança”, a realidade ainda é outra. Os políticos de sempre continuam sendo eleitos no final das contas e a “renovação” até pode acontecer no primeiro nome, mas o sobrenome continua o mesmo em muitos casos.
Pode-se dizer que esse cenário é criado/causado pela falta de importância da política na sociedade, cada vez menos indivíduos desejam realizar debates sobre os atuais problemas. Sem discussões a respeito, menos as pessoas estão engajadas na política e quantidade de nomes para concorrer às eleições fica escassa. Por isso, os “nomes de sempre” continuam com o caminho livre para se perpetuarem na política e criarem as suas próprias dinastias.
Além do desânimo político causado por inúmeros fatores, como corrupção e desinteresse, a falta de conhecimento sobre as eleições também influencia. Muitos não sabem o papel do Poder Legislativo dentro de uma democracia, a sua importância e suas obrigações. Por consequência, o voto para vereador é visto como uma escolha sem importância, caso formos comparar com às eleições presidenciais ou até mesmo para o pleito para prefeito.
No entanto, os vereadores são aqueles que têm o poder de legislar diretamente sobre inúmeras questões que afetam as comunidades diariamente. Desde o planejamento urbano até a educação local, infraestrutura e até os serviços públicos mais essenciais. Os parlamentares do munícipio são a base de qualquer política, aqueles que deveriam estar sempre em contato com a população para entender melhor as necessidades que passam.
Para alterar esse cenário, caso seja interesse dos políticos, o primeiro passo é a transparência, fundamental para que tem um mandato. Os parlamentares precisam detalhar as suas ações, assim mostram que não há corrupção envolvida. Ao mesmo tempo, a população pode observar o impacto do trabalho deles dentro da cidade.
Por fim, talvez o ponto mais importante, a real renovação política, permitindo que novos nomes possam surgir e ter uma chance dentro do jogo. Recentemente vimos o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desistindo de tentar a reeleição. Assim como nos EUA, o Brasil também possui inúmeros políticos com idade elevada e que não possuem condições de ter um mandado, eles precisam deixar os trabalhos para os mais novos.
Para combater essa desmotivação, ainda fundamental que os próprios eleitores se fortaleçam. Informar-se sobre os candidatos locais, suas propostas e histórico é crucial. Além disso, cobrar responsabilidade dos vereadores eleitos é um direito e um dever cívico.

* Rubens Gonçalves
Leio - triste, mas não surpreso - que um pastor de Guarapuava (PR) cometeu suicídio. Outro, de Contagem (MG), tirou a própria vida dentro da igreja, a qual dirigia há vários anos.
Em Corumbá (MS), um padre de 34 anos foi encontrado sem vida na sede do Bispado, no centro da cidade. "A principal hipótese", diz a matéria, "é que tenha tirado a própria vida, enforcando-se com uma corda."
Trago essas tristes notícias, relatadas em diferentes partes do país, para uma reflexão: será que a depressão, como muitos querem fazer crer, é "falta de Deus?"
Ou será que esses religiosos (e poderiam ser citados inúmeros outros exemplos) eram falsos pastores? "Vendilhões do templo"?
Aos que desconhecem o termo, a história dos "vendilhões do templo" é a seguinte: no livro de João (2,13-25) há uma passagem em que Jesus Cristo expulsa os vendedores que ocupavam o templo, que é a Casa do Senhor. Aliás, Ele fez isso mais de uma vez.
Não que os "vendilhões do templo" contemporâneos não existam. Eles estão por aí, em programas de rádio e TV e nas redes sociais, viajando em seus jatos particulares e fazendo pregações, mas sobre outro "Messias".
Diferentemente destes, caro leitor, ao que tudo indica, os religiosos citados no início deste texto, que tiraram a própria vida, não eram "falsos pastores", nem "vendilhões do templo".
Eram apenas seres humanos, com seus problemas, dificuldades, ansiedades, melancolias, depressão, como parece demonstrar a mensagem do padre já citado, em suas redes sociais, dois dias antes de tirar a própria vida:
"noites traiçoeiras…até aqui não faltou em mim esforço, Dei o meu melhor,,,,mas tenho remado muito a favor de maré, e tenho permitido que a ela me leve…..momentos de revolver tudo, de tomar uma nova decisão…me ilumine senhor…. seu amor é e me basta me refaça, mas me faça apenas humano….” [Sic].
Para este escrevinhador, que desconhece palavras e ideias grandiloquentes, os transtornos psicológicos - que podem ou não levar ao autoextermínio - não é, necessariamente, falta de Deus.
Não pretendo, porém, negar a importância da fé no processo de recuperação; não apenas dos casos de transtornos mentais, mas das doenças em geral.
Ter atitudes positivas (inclusive por meio da fé) diante de situações adversas é fundamental. A própria ciência reconhece isso.
Entretanto, não se deve abrir mão de acompanhamento profissional. Para os que (com base na fé) rejeitam os profissionais especializados, vale se questionar: quem dotou tais profissionais de conhecimentos?
Mas os deprimidos não são cobrados apenas pelo suposto distanciamento de Deus. Há quem veja no problema um quê de "fraqueza", "falta de força de vontade", "frescura".
Não. Depressão não é frescura, mas uma doença mental que precisa ser levada a sério, pois causa tristeza profunda, dor, amargura e desesperança. E, como deve estar claro, pode levar ao suicídio.
Outra questão recorrente: questionar o motivo da depressão de alguém cuja vida, supostamente, está em perfeita harmonia. "Você tem uma família linda, amigos, um bom emprego…"
Fosse simples assim, não leríamos manchetes sobre pessoas bem-sucedidas que se jogam de coberturas de edifícios luxuosos nos quais residiam.
Para encerrar, caro leitor, antes que você também fique deprimido, transcrevo a seguir as palavras de um dos líderes religiosos mais conhecidos do país: o padre Fábio de Melo.
"Tristeza não tem que ser medicada. Faz parte da vida. Eu me entristeço de vez em quando e não preciso tomar remédio para isso. Quando a tristeza não passa, se estende, vira rotina, aí é hora de pedir ajuda [profissional]".
* Jornalista.


Com preconceito ainda vivo no esporte, as normas não escritas viraram justificativa para o racismo