Por Redação

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Agronegócio em alta: ineditismo na criação de academia no Tocantins impulsiona o segmento

César Halum*

O Estado do Tocantins surpreende o Brasil, mais uma vez, com uma inovação de rara magnitude. Funda-se por esse Ato a primeira Academia do Agronegócio do País, instituição sem precedente congênere na história.

Seria desnecessariamente redundante neste momento relatar a história das atividades produtivas rurais tocantinenses desde seus primórdios, posto que, nossa geração dá testemunho dela quando se expressa, eficientemente, no presente dos acontecimentos que hora constroem um novo Brasil.
Não tenho dúvidas de que haja consenso quanto à imprescindibilidade do agronegócio para o futuro humano, cada vez mais demandante por alimentos produzidos em quantidades desafiadoras, qualidades exigentes e adequadas à sustentabilidade ambiental.

Todavia, para congregar as matizes deste pensamento e construir estruturas que respondam aos desafios e projetem soluções tecnológicas para otimização e eficácia das atividades produtivas, faz-se necessária a instalação da Academia Tocantinense do Agronegócio.

A Instituição Acadêmica sempre foi historicamente um ambiente propício ao debate de ideias e articulação intelectual, promotoras do desenvolvimento do pensar e das atividades humanas desde que o filósofo Platão fundou em Atenas a primeira iniciativa do gênero.

Assim a Academia se propõe de forma fundamental a missão de elaborar e ofertar diretrizes de políticas adequadas ao setor do agronegócio, do meio ambiente e da pesquisa cientifica.

A Academia será formada por pessoas que tenham o notável relevo intelectual, técnico e humano, condizentes com a missão assumida pela instituição.

A Academia vai debater todos as questões do agro, combatendo as inverdades, números ou afirmações sem o devido lastro estatístico e acompanhado por publicações técnico-cientificas.

É o Tocantins inovando e abrindo caminhos ao mesmo tempo que emite ao país e ao mundo a mensagem de esperança e otimismo.

A academia será formada por 15 cadeiras, sendo agora empossados os primeiros 8 (oito) patronos, que durante o ano de 2024 terão a responsabilidade de completar as demais cadeiras. São eles:

  • Cadeira nº 1 – César Hanna Halum – Defesa Sanitária Agropecuária
  • Cadeira nº 2 – Roberto Jorge Sahium – Assistência Técnica e Extensão Rural
  • Cadeira nº 3 – Fernando Silveira – Produtor Rural e Ambientalista
  • Cadeira nº 4 – Daniel Brito Fragoso – Pesquisa Agropecuária
  • Cadeira nº 5 – Erich Collicho – universidade e CTI do Agro
  • Cadeira nº 6 – Antônio Machado Fernandes – Produtor Rural Pioneiro
  • Cadeira nº 7 – Marcino Pereira Lima – Agricultura e Pecuária Familiar
  • Cadeira nº 8 – Maria de Lourdes Vieira (Professora Santa) – Educação Rural

* Médico veterinário. Ex-deputado federal e ex-secretário da Agricultura do Tocantins. Apresentador do programa Mundo Agro.

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Um luta de boxe, mas pra perder

José Lauro Martins*

Li o Relatório de Monitoramento Global da Educação publicado pela Unesco em 2023, confesso que fiquei preocupado. O título do Relatório já me preocupou: “Tecnologia na educação: uma ferramenta a serviço de quem?”. Antes de dizer os motivos da minha preocupação, vamos entender o contexto.

Vivemos um tempo bastante complicado para a educação, pois desde os anos 80 com a popularização da Internet, os processos educativos tradicionais nunca foram postos em cheque quanto agora. Vamos entender algumas coisas: o modelo tradicional de ensino é centenário e não é por isso que é bom. Pelo contrário, é porque não foi atualizado. Então, quando vemos uma sala de aula com a mesma estrutura de 50 anos atrás, deveria dar calafrios em qualquer pai ou mãe.

A leitura do Relatório da Unesco me fez lembrar de uma luta de boxe, o lutador tem que saber a hora de atacar e a de recuar. Assim está acontecendo com alguns países que adotaram ostensivamente os sistemas digitais na educação, estão mudando de ideia, outros países mal começaram ou nem começaram. A questão dos usos das tecnologias digitais, não é uma questão simples. O Relatório informa que o estudo em 14 países indicaram que a simples proximidade de um aparelho celular seria capaz de distrair os estudantes e provocar um impacto negativo na aprendizagem. Mesmo em países desenvolvidos que não tem problema nem com a formação de professores nem com a educação familiar dos estudantes, como é o caso da Finlândia, é um dos países que estão revendo o uso das tecnologias digitais na educação. Além de tudo, o Relatório indica que apenas cerca de 10% dos estudantes de 15 anos usam aparelhos digitais, por mais de uma hora por semana, para estudar matemática e ciência.

Nem tanto ao mar nem tanto à terra! Talvez tenha chegado o tempo da prudência aristotélica, é hora do “justo meio”, é hora de mais cautela. Estamos de acordo que a oferta do acesso às tecnologias, em particular da Internet, é fundamental para preparar os nossos alunos para o mundo do trabalho na sociedade contemporânea. Por outro lado, não basta o acesso ao celular, ao notebook e a internet para ser uma escola moderna, isso é apenas verniz se não houver o uso adequado.

Por hora, penso que o acesso aos recursos digitais deve ser limitado no ensino fundamental. Entendo que nessa fase o livro em papel, o caderno e a caneta, os grupos de trabalho tem papel muito importante na formação. Essa é uma fase em que o estudante precisa aprender a ter uma boa gestão da aprendizagem, a ter bom relacionamento tête-à-tête com seus pares, ser capaz de ouvir os ‘nãos’ da vida sem transformar isso em drama. É o tempo certo para aprender a ler e interpretar texto linear, como um livro por exemplo.

Para o ensino médio já precisamos enfatizar mais a pesquisa que as aulas expositivas. Dá para usar com mais liberdade os equipamentos digitais, o que não dá certo é a aula expositiva com os estudantes olhando para o celular, isso é uma perda de tempo para o estudante e para o professor. Outra coisa: em regra, aquilo que está disponível na internet não precisa de aula! Sei que isso vai assustar muita gente. Mas, pense comigo: o papel de uma aula não é e nunca foi o de transmitir conhecimento. O papel das aulas sempre foi o de transmitir informações, com as informações de cada estudante, ao processá-las, constrói o conhecimento. Na medida em que se tem acesso às informações por outros meios, as aulas perdem o seu papel de espaço de acesso às informações.

Agora os professores têm outros papéis na orientação dos estudantes para que aprendam a aprender, a isso nós chamamos de construção da autonomia. De um professor mediador exige bem mais competências que de um professor “dador” de aulas. O que precisamos é de uma mudança profunda do currículo e estrutura escolar para que eles aprendam o que deve ser aprendido, não importa por que meios tiveram acesso aos conteúdos. Impedir que os estudantes do ensino médio tenham acesso ao celular, considero um exagero. O que não pode é permitir que eles saiam das escolas sem as competências e habilidades previstas no currículo.

É tempo de investir no ensino híbrido inteligente e não nesses arremedos que foram usados durante a pandemia. Não temos mais tempo de espera, sabemos o que fazer e a sociedade precisa pressionar o poder público para que atenda às necessidades dos nossos jovens com uma educação de qualidade adequada a sociedade contemporânea. O modelo tradicional de divisão por disciplinas e por aulas de 50 minutos é desumano; é apenas um modelo administrativo cômodo, mas que atrapalha os processos de aprendizagem. Para quem não conhece outra forma de organização curricular, adianto que no Brasil existem várias escolas, inclusive públicas, organizadas sem sala de aula tradicional, sem organização por disciplinas, sem turmas e com muito sucesso. Mas isso é assunto para outra oportunidade.

* José Lauro Martins, filósofo, doutor em educação, professor no Curso de Jornalismo e no Programa de Mestrado de Ensino em Ciências e Saúde da Universidade Federal do Tocantins.

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