Pedro Moura

A briga entre o X (antigo Twitter) e o judiciário brasileiro, mais especificamente entre Elon Musk e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, gerou preocupação no ramo empresarial, além de provocar repercussão internacional. 

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Depois da troca de farpas e ameaças entre o bilionário problemático e o mais polêmico ministro do país, Moraes cumpriu com a promessa de bloquear a rede social, além de estipular multa tanto para a plataforma quanto para os usuários que tentarem utilizá-la. 

O fato, porém, mais parece uma briga de egos entre Musk e Moraes. Por um lado, o bilionário “mimado” que, por ter muita grana, deixa a entender que pode fazer o que bem entender. Afinal, as multas aplicadas ao X, no valor de R$ 18,3 milhões, não fazem nem cócegas a fortuna do dono da plataforma, cujo patrimônio é estimado em  243,7 bilhões de dólares, conforme a Forbes

Do outro lado, temos Moraes que, recentemente, foi alvo de denúncia por ter supostamente usado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para produzir relatórios para embasar decisões contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O órgão teria sido usado para abastecer o chamado inquérito das fake news.

As recentes decisões relacionadas à suspensão das atividades do X no Brasil renderam mais uma notícia crime contra Moraes. O documento, protocolado pelo deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) e o procurador Mariano no sábado, 31, junto à Procuradoria-Geral da República (PGR), aponta que o ministro teria cometido abusos de autoridade.

O STF votou nesta segunda-feira, 2, e decidiu manter a suspensão da rede social no Brasil. A Primeira Turma formou maioria de votos para manter a rede social suspensa. A decisão vale até que a plataforma cumpra decisões da Justiça, pague multas aplicadas por desobedecer ordens judiciais e indique um representante legal no país.