Diego Montelo quer um PT com os pés na terra e olhos em 2026

18 abril 2025 às 14h09

COMPARTILHAR
O servidor público Diego Montelo Faria, de 39 anos, é um dos nomes confirmados na corrida pela presidência do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores no Tocantins, com eleições marcadas para o dia 6 de julho. Com base sólida nos movimentos sociais do campo e atuação política ligada à agricultura familiar, Montelo quer fazer do PT um partido com mais diálogo com a base, mas também com os movimentos sociais. E a missão tem um prazo de validade bem definido: 2026.
Militante do PT desde o ano 2000 e filiado desde 2012, ele ainda não registrou sua chapa, mas antecipa que o grupo está costurando nomes em pelo menos 80 municípios onde haverá eleições para diretórios. “Ainda estamos fechando os nomes, mas a meta é construir um PT forte e com presença em todo o estado”, pontua.
A estratégia, segundo ele, é clara: fortalecer o palanque do presidente Lula e montar chapas competitivas para estadual e federal. “Nossa prioridade é voltar a ter mandatos nas duas casas. A aliança no Tocantins vai levar em consideração a reeleição do presidente Lula. Pode ser com candidatura própria, pode ser em aliança, mas o foco é 2026”, destaque.
Da roça ao Ministério
Montelo sabe do que está falando quando se refere a “base”. Ex-assentado da reforma agrária, ele começou a militância nos sindicatos rurais de Abreulândia. Também atuou na Federação dos Trabalhadores Rurais do Tocantins (FETAET) e na Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), duas potentes organizações de luta dos trabalhadores do campo.
Na vida pública, assumiu cargos sempre ligados à área rural: foi secretário municipal em Abreulândia, coordenador estadual de agricultura familiar e assessor parlamentar dos petistas Zé Roberto e Célio Moura. Hoje, está à frente da Superintendência do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar no Tocantins e é o atual secretário de organização do PT estadual.
PT na escuta
Montelo quer fazer da sua eventual presidência um momento de escuta e reorganização. “Minha militância sempre foi feita na base do diálogo com os diretórios municipais. Como presidente, quero intensificar esse diálogo também com os movimentos sociais”, relatou.
A ideia, segundo ele, é promover encontros regionais logo nos primeiros meses de mandato. “Vamos ouvir a militância, mapear as demandas, ajustar o discurso e construir juntos a estratégia para 2026. A militância quer ser ouvida. O PT precisa voltar a se parecer com quem está na base”, finaliza.