Candidato à presidência do Diretório Estadual do PT no Tocantins, Itamar Bandeira da Paixão, 44 anos, construtor e filiado há 25 anos, se apresenta como o nome da base militante para disputar o comando do partido nas eleições do Processo de Eleição Direta (PED), marcadas para o dia 6 de julho.

Representante da corrente Democracia Socialista, ele afirma que a chapa ainda não foi registrada, mas está em fase final de articulação e será protocolada no início de maio. Segundo Itamar, os nomes virão da união entre diretórios da região do Bico do Papagaio e da própria Democracia Socialista.

“Queremos produzir uma direção que entenda o PT como um instrumento fundamental de organização da classe trabalhadora. Isso passa por voltar às bases, retomar as macros e microrregionais, fortalecer os movimentos sociais e garantir autonomia aos diretórios municipais”, defende.

Respeitar as correntes

Na proposta de gestão apresentada por Itamar, um dos focos é garantir maior democracia interna, com respeito à proporcionalidade das correntes e acesso igualitário aos recursos partidários. Ele critica o que chama de uso do partido como “puxadinho de correntes específicas”.

“O diretório estadual precisa respeitar a autonomia dos municípios e deixar de interferir nas alianças locais. Cada corrente deve ter espaço e condições para mobilizar suas bases. Só assim teremos um PT forte nas eleições de 2026”, afirma.

Oposição ao governo

Itamar Bandeira é direto ao falar das eleições de 2026. Para ele, o PT precisa ter candidaturas próprias ao governo do Tocantins e ao Senado, além de fortalecer os nomes à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa. E não economiza nas críticas ao Palácio Araguaia.

“Somos oposição ao governo de Wanderlei Barbosa. Precisamos de um PT à altura do desafio histórico de derrotar a extrema direita. Vamos fazer o Tocantins dar maioria de votos a Lula novamente”, declara.

Debate político

O candidato também destaca a necessidade de reanimar a cultura militante no estado. Defende que as direções e fóruns do partido sejam mais abertos, participativos e estratégicos.

“Vamos andar em todos os diretórios e comissões provisórias. Queremos fortalecer os setoriais de mulheres, juventude, LGBT, movimentos populares e outros. É hora de transformar o PT novamente em uma ferramenta das lutas sociais”, ressalta

Para ele, o respeito às tendências internas e à diversidade de ideias é uma das marcas históricas do partido que precisa ser resgatada. “O direito à tendência é uma das maiores inovações do PT. Vamos fortalecer esse espaço interno para que a disputa de ideias seja saudável e voltada à inserção do partido na vida da classe trabalhadora tocantinense”, finaliza.

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