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O fenômeno La Niña pode se manifestar em diversas regiões do Brasil a partir do mês de setembro. Contrário ao El Niño, La Niña resfria as águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, afetando temperaturas, chuvas e períodos de seca em diferentes áreas do país.

Meteorologistas usam modelos climáticos que analisam dados atmosféricos para prever o La Niña, considerando o trimestre setembro, outubro e novembro para verificar sua ocorrência. Segundo Angel Domínguez Chovert, meteorologista do Centro de Excelência em Estudos, Monitoramento e Previsões Ambientais (Cempa), da Universidade Federal de Goiás (UFG), em entrevista ao Metrópoles, o impacto pode demorar a se manifestar devido à inércia das mudanças na temperatura do mar.

Francisco de Assis Diniz, meteorologista e consultor climático, destaca que La Niña costuma causar excesso de chuvas nas regiões Norte e Nordeste e seca no Sul do Brasil, Argentina e Paraguai. No inverno, facilita a entrada de massas de ar frio, provocando ondas de frio.

Apesar dos padrões típicos, Chovert prevê que o La Niña deste ano será menos intenso que em anos anteriores. A mais recente ocorrência do fenômeno foi entre 2020 e 2023. Espera-se que o Sudeste tenha temperaturas ligeiramente abaixo da média, com aumento de chuvas no Norte e Nordeste, e precipitações normais no Sul.

Atualmente, as medições indicam um resfriamento de 0,3°C nas águas do Pacífico Equatorial, enquanto para considerar La Niña, é necessária uma diminuição de pelo menos 0,5°C. O clima tropical, predominante no Brasil, apresenta altas temperaturas quase todo o ano, com estações chuvosa e seca bem definidas.

Os climatologistas explicam que estamos em um período de neutralidade climática, mas preveem um La Niña moderado para o final deste ano e início do próximo. A confirmação do fenômeno requer análise de períodos mais longos e suas interações atmosféricas, que não causam efeitos imediatos. Chovert destaca que o La Niña deve enfraquecer no primeiro trimestre de 2025, retornando à neutralidade no segundo trimestre.

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Nesta segunda-feira, 29, a Universidade Federal do Tocantins (UFT) recebeu o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. O evento foi promovido pelo  programa de Pós-graduação em Gestão e Políticas Públicas (Gespol). Durante sua fala, o ministro disse que o Governo Federal deve destinar ao Tocantins R$4,13 bilhões em benefícios sociais.

Além do ministro estiveram presentes a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), o vice-governador, Laurez Moreira (PDT), o deputado estadual Eduardo Montoan (PSDB), além do empresário, ex-prefeito e ex-deputado Paulo Mourão e do presidente do Tribunal de Contas do Tocantins, Conselheiro André Matos. Pela UFT, estiveram na cerimônia, o reitor, Luís Eduardo Bovolato e o professor Waldecy Rodrigues, do Gespol.

Durante sua fala, Cinthia Ribeiro destacou a importância da construção do Hospital Universitário e da relação entre a universidade e as políticas públicas, tanto municipais quanto estaduais e reforçou a atuação da universidade na melhoria e na qualidade dos serviços públicos.

Já o reitor da UFT, Luiz Eduardo Bovolato, falou da importância do congresso e cumprimentou diversas autoridades presentes. Ele ressaltou a contribuição de Paulo Mourão, ex-prefeito e ex-deputado, dizendo: "Paulo Mourão foi o relator do projeto de lei que criou a UFT", reconhecendo seu papel na fundação da universidade.

Bovolato também agradeceu o ministro Wellington Dias, mencionando que "política pública se faz com participação na universidade pública brasileira", e enfatizou o papel das universidades na elaboração e execução de políticas públicas.

O vice-governador Laurez Moreira foi reconhecido pelo apoio contínuo à UFT, especialmente durante sua gestão como prefeito de Gurupi. A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, foi elogiada pela parceria com a UFT, destacando o projeto do Hospital Universitário como um "compromisso republicano".

Além disso, o reitor mencionou o deputado Montoan, elogiando sua colaboração com a universidade e destacando sua participação como estudante de pós-graduação da Gespol e também falou do conselheiro André, que tem "promovido uma postura educativa no Tribunal de Contas do Estado".

Um dos mediadores do seminário, que passou a palavra ao ministro, o professor Waldecy Rodrigues, destacou a importância do Bolsa Família para o Tocantins, mencionando que "sem o Bolsa Família, teríamos no Tocantins 315 mil pessoas passando fome," um número maior que a população de Palmas. Ele enfatizou que o programa cobre toda a população em extrema pobreza no estado, qualificando-o como "a melhor tecnologia social do mundo".

O professor também relembrou o apoio de Paulo Mourão para implementação da UFT, ao passar a palavra ao ministro, falou da importância do Governo Federal em ouvir e discutir as políticas públicas na universidade, agradecendo o tempo que o ministro dava para o projeto:  “o mais importante não é o dinheiro, é o tempo. E o nosso tempo, que é cada vez menor. E o senhor está dando o seu tempo aqui para nós”. 

A fala do ministro Wellington Dias foi longa, durante mais de meia hora, ele apresentou o programa “Acredita”. Ele começou destacando seu apreço pelo Tocantins “tenho um xodó pelo estado desde quando ainda era Goiás”. Ele mencionou que conversou recentemente com o governador Wanderlei Barbosa (Repu) e disse ser um privilégio estar aqui. Também disse que destinou em 2022 recursos para completar a ligação com asfalto na região de Mateiros. Elogiou a gestão Cinthia Ribeiro e cumprimentou Eduardo Montoan, dizendo que um dos cargos políticos que teve “maior controle” sobre as políticas foi quando foi deputado estadual. 

Sobre o Bolsa Família: Ele ressaltou a importância do programa, mencionando que "82 países seguem o Brasil" em políticas de assistência social, e destacou o impacto do Bolsa Família na vida das pessoas, como a de uma família em Guaribas, Piauí, onde o programa foi lançado. O ministro salientou também que foi importante para o nome “Bolsa Família” que falou pessoalmente ao presidente Lula (PT) na época, que o nome “Fome Zero” não era um nome muito bom. 

Programa Acredita

Sobre o programa, o ministro disse que o Governo Federal possui hoje 933 mil pessoas no Cadastro Único, dessas 15.061 são Microempreendedores Individuais (MEIs). O programa Acredita engloba ações como o “Procred 360”, uma linha de crédito especial para MEIs e o “Desenrola MEI”. Dias destacou que  o Governo Lula vai destinar R$4,13 bilhões para o Benefício de Prestação Continuada (BPC) no Tocantins:

“O programa 'Acredita' é crucial, especialmente porque 2/3 dos beneficiários são do Cadastro Único e do Bolsa Família. Precisamos focar nisso. Em Tocantins (sic),

estamos destinando 4,13 bilhões de reais diretamente para as pessoas mais pobres, por meio de programas como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Esse valor não inclui o seguro-desemprego ou a aposentadoria rural. No total, o Ministério do Desenvolvimento Social, sob o governo do presidente Lula, vai transferir um volume significativo de recursos para estados e municípios, chegando a 60 bilhões de reais em investimentos e transferências", disse o ministro.

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