Maria José Leão é superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) no Tocantins e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Tocantins (Sescoop), com quase 40 anos de experiência no setor. Natural de Lagoa Formosa, Minas Gerais, ela iniciou sua trajetória como atleta de voleibol, com a intenção de cursar Educação Física. No entanto, sua paixão pelo cooperativismo surgiu ao conhecer um professor que a inspirou a seguir essa carreira.

Formada em cooperativismo na Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, e Ciências Contábeis na Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), Maria José é pós-graduada em Gestão de Cooperativas; Gestão Pública e sociedade e Gestão e Geração de Valor na Nova Economia. Maria começou sua carreira em uma cooperativa de café. Após alguns anos de trabalho, inclusive em Belo Horizonte (BH), ela foi convidada a passar seis meses no Tocantins, em 1991, para desenvolver o cooperativismo no estado recém-criado. O que era para ser uma breve estadia se transformou em uma mudança definitiva.

No Tocantins, Maria José ajudou a estruturar as cooperativas, inicialmente colaborando com a antiga OCT (Organização das Cooperativas do Tocantins), que posteriormente passou a adotar a sigla OCB. Sua atuação ajudou para o crescimento do movimento cooperativista no Estado.

Além de sua carreira, Maria construiu uma vida pessoal em Palmas, onde se casou com o agrônomo da Secretaria da Agricultura (Seagro), Corombert Leão de Oliveira, e teve três filhos. Apegada ao Tocantins, ela considera o estado seu lar de coração, embora mantenha laços familiares em Minas Gerais.

Com quase quatro décadas dedicadas ao cooperativismo, Maria José é uma referência no setor e fala ao Jornal Opção Tocantins, como tem contribuído ativamente para o fortalecimento e desenvolvimento das cooperativas no Estado.

Como é o funcionamento do Sistema OCB?

 Hoje, podemos afirmar que somos o Sistema OCB, que é composto pela OCB, a organização responsável pela orientação, representação e avaliação da conformidade das cooperativas, responsável pela educação do setor. Muitas vezes, cooperativas são constituídas e formalizadas, mas, na prática, não operam como cooperativas.

A OCB cuida dessa conformidade, embora não seja um órgão de fiscalização. A Lei 5.764, que rege o cooperativismo, estabelece que toda cooperativa deve estar registrada na OCB para funcionar legalmente. Em 1994, a OCB recebeu a carta sindical, tornando-se também um sindicato. Nesse papel, cuidamos das relações trabalhistas e das convenções coletivas das cooperativas, representando-as junto ao sindicato dos trabalhadores. Recentemente, por exemplo, fechamos uma convenção com um sindicato laboral.

Em 1999, foi implantado o Sescoop, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo, que se diferencia da OCB, mas ambos são complementares. O Sescoop é responsável pela educação, formação, qualificação e desenvolvimento das cooperativas como empresas coletivas. Além disso, apoia ações de promoção social, assim como outras instituições do sistema “S” (Senac, Sesc, Senai). O Sescoop nasceu como uma entidade jurídica única e cuida de toda essa parte, tendo como foco exclusivo as cooperativas.

Em que setor está o maior volume de cooperativas que o Tocantins tem?

Atualmente, contamos com 31 cooperativas, incluindo aquelas que têm matriz aqui e suas filiais em outros estados. Essas cooperativas representam 80 mil cooperados e geram mais de 2.200 empregos diretos. Em 2023, o faturamento das cooperativas do Tocantins foi de R$3,5 bilhões de reais, um valor bastante representativo. A maior capilaridade das cooperativas se encontra nas financeiras, como o Sicredi, Sicoob Tocantins, Sicoob Unicentro, e Unicred, que recentemente chegou aqui, além da Cresol que está se estabelecendo. Juntas, essas cooperativas somam mais de 50 unidades de atendimento, superando qualquer banco, pois muitas agências bancárias estão fechando, enquanto as cooperativas mantêm um relacionamento mais próximo com as comunidades.

Cooperativas são diferenciadas por seu foco nas pessoas. O faturamento de R$3,5 bilhões é significativo para nós, pois, enquanto uma grande empresa pode faturar R$1 bilhão e beneficiar apenas uma família, no caso das cooperativas, esse valor envolve 80 mil cooperados e suas famílias, além dos empregados e seus familiares que também se beneficiam.

As cooperativas têm uma característica única que outras empresas ou instituições financeiras não têm: todos os recursos gerados permanecem na comunidade. Um exemplo para ilustrar isso é o Sicredi. Embora a matriz do Sicredi não esteja localizada aqui, todos os recursos gerados pelas agências do Sicredi no Tocantins ficam no nosso Estado e não são transferidos para outros locais, como Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde fica a sede do Sicredi.

Portanto, não há nada melhor para promover o desenvolvimento local do que as cooperativas, que abrangem também modelos agropecuários, educacionais e de saúde, contribuindo para o crescimento da região.

Dessa forma, a senhora acredita que as cooperativas desempenham um papel fundamental na distribuição de renda, ao invés de concentrá-la em uma única pessoa ou empresa?

Além de distribuir a renda, as cooperativas atuam como balizadoras de preços e serviços. Por exemplo, nas cooperativas agropecuárias, se em Pedro Afonso houvesse apenas duas lojas que não fossem cooperativas, é provável que os preços praticados fossem diferentes, devido à falta de concorrência. Nossas cooperativas, onde estão presentes, funcionam como balizadoras. Até mesmo nas cooperativas financeiras, em algumas situações, eu percebo que bancos privados grandes estão buscando atuar em áreas onde as cooperativas já estão presentes, demonstrando que há um reconhecimento da qualidade do serviço que elas oferecem.

De que forma sua experiência pessoal e profissional influenciou na condução das estratégias de desenvolvimento do cooperativismo do Tocantins?

Foi tudo impulsionado pela minha paixão. Contudo, uma característica que destaco em mim é meu legalismo. Estou há 33 anos no sistema, e isso, apesar de poder não significar muito para alguns, é um reflexo da minha atuação. Nunca precisei ser chamada pelo Ministério do Trabalho para discutir questões trabalhistas, pois no cooperativismo aprendemos que a primeira coisa que devemos respeitar são as pessoas. Como sou celetista, se não respeitar a relação trabalhista com meus colegas, como poderei abordar algo que não pratico?

Acredito que minha trajetória pessoal e profissional está muito alinhada ao meu perfil e aos valores que defendo. Meus princípios são fundamentais para minha atuação, e embora seja muito legalista, também me considero uma pessoa humanizada.

A senhora poderia, de forma simplificada, explicar o que é o cooperativismo e como ele funciona?

Cooperativismo é um movimento que apresenta um modelo de negócio em que as pessoas se unem para resolver um problema comum. Um exemplo é que, até hoje, não temos cooperativas na região do Jalapão. Quando investigamos por que isso acontece, percebemos que a parte comercial lá não é um problema; as pessoas conseguem vender e ficam satisfeitas com isso. No cooperativismo, você precisa deixar seu “eu” de lado e focar no coletivo, no “nós”.

Em uma cooperativa, você ganha escala. Por exemplo, se eu, Maria José, fosse produtora de soja sozinha, teria uma capacidade limitada de venda. No entanto, se me juntar a mais de 360 pessoas, como na Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (Coapa), certamente conseguirei vender minha soja de forma mais eficiente e comprar insumos de maneira mais vantajosa. Portanto, o diferencial do cooperativismo é exatamente esse: ganhar poder de escala tanto para vender quanto para comprar.

Como funciona o modelo das cooperativas de profissionais?

O cooperativismo é dividido em sete ramos: agropecuário, crédito (relacionado às instituições financeiras), infraestrutura, saúde, transporte, consumo e, por último, trabalho, que abrange a produção de bens e serviços. Um exemplo disso é a Cooperativa dos Profissionais Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem do Brasil (Cooperenf), que organiza a forma como disponibiliza e vende sua mão de obra. A cooperativa vende seus serviços para hospitais.

A cooperativa está desenvolvendo um trabalho interessante: solicitou apoio para se tornar a melhor cooperativa de trabalho do Brasil, e tenho certeza de que, com vontade e esforço, conseguirão. A cooperativa negocia seus contratos com instituições como a Unimed, permitindo que os profissionais se dediquem a aprimorar sua profissão e se especializem cada vez mais.

Dessa forma, as cooperativas de trabalho são benéficas, pois um executivo do mercado pode vender os serviços da cooperativa enquanto o profissional se concentra em seu desenvolvimento.

Foto: Ascom OCB

Quais são as principais propostas do Sistema OCB para promover um Tocantins mais cooperativo?

Quando falamos em um Tocantins mais cooperativo, não estamos nos referindo apenas ao aumento do número de cooperativas, mas sim ao desejo de que mais pessoas do Tocantins participem das cooperativas já existentes. Se as cooperativas atuais não se adequam ao perfil ou às necessidades do negócio de alguém, o nosso Sistema OCB está à disposição para ajudar essas pessoas a constituírem suas próprias cooperativas.

Por exemplo, em uma cooperativa de crédito, se você não tiver um volume suficiente de recursos, não conseguirá atender adequadamente os cooperados. Um exemplo prático é o Sicredi, que incorporou cooperativas do Estado. Eu era associada a algumas delas, mas eram tão pequenas que, ao buscar um empréstimo, não podiam me atender. Eu fiz um consórcio com o Sicredi, e se fosse pela Caixa, demoraria 20 anos; com eles, consegui quitar minha casa em 10 anos.

Os juros nas cooperativas de crédito são menores, tanto para empréstimos quanto para aplicações, já que temos isenções como o IOF, o que nos permite um rendimento maior. Além disso, ao final do ano, quando faz a prestação de contas – se houver sobras, esse resultado positivo pode voltar para os cooperados, além de uma parte ser destinada para os fundos obrigatórios, como Fundo de Reserva e Fundo de assistência a educação e social.

Outro ponto importante a ser destacado é que todos os anos somos convidados a aprovar a prestação de contas da cooperativa. É uma prática comum que os cooperados analisem se concordam com a prestação de contas, os salários da diretoria e a forma de distribuição dos lucros. Além disso, as cooperativas financeiras têm o mesmo fundo garantidor que qualquer banco, o que significa que, se um banco como o Santander quebrar, o que ele garante por CPF é apenas 250 mil reais. As cooperativas oferecem a mesma proteção, assegurando que os cooperados estão cobertos pelo mesmo fundo garantidor de instituições financeiras em todo o país. Também somos regulamentados pelo Banco Central, garantindo ainda mais segurança para os nossos cooperados.

Quais são as principais ações e eventos promovidos pela OCB no Estado, e como eles visam fortalecer o cooperativismo na região?

A OCB promove uma série de eventos ao longo do ano, com um plano de trabalho que é aprovado em outubro e começa em janeiro. Aproximadamente 60% dos recursos são devolvidos às cooperativas, permitindo que elas executem as ações que consideram necessárias, o que chamamos de ações descentralizadas. Cada cooperativa tem autonomia para identificar suas necessidades, mas existem critérios internos que garantem que as ações estejam alinhadas com o negócio e as atividades econômicas da cooperativa.

Além das ações descentralizadas, organizamos eventos centralizados. Um exemplo recente foi o nosso 16º Encontro de Mulheres, que foi um sucesso, reunindo 200 mulheres de 12 cooperativas. Embora todas as cooperativas tenham sido convidadas, é um espaço onde discutimos estratégias do sistema e temas de interesse comum.

Outros eventos incluem encontros estaduais, fóruns de dirigentes e capacitações específicas. Por exemplo, a Unimed realizou um curso de atualização para médicos do pronto-socorro, atendendo a uma demanda específica. Da mesma forma, temos ações voltadas para normas de segurança no trabalho, conforme a necessidade das cooperativas.

Em outubro, por exemplo, teremos um evento internacional de gestão e liderança em Belo Horizonte, onde levaremos 27 representantes do Tocantins. Esse evento também abordará temas como a participação feminina nas cooperativas. Atualmente, apenas três em cada 10 cooperados no Tocantins são mulheres, o que representa um desafio.

Durante os encontros, discutimos a importância de ter políticas que incentivem a inclusão de mulheres nas cooperativas e a necessidade de um processo sucessório nas diretorias, já que muitos cooperados estão envelhecendo. Precisamos urgentemente desenvolver programas de sucessão para garantir a continuidade e a renovação nas cooperativas.

O que é o Sescoop e qual a sua relação com a OCB?

Como mencionei anteriormente, em 2000, para melhorarmos nossa identidade, adotamos o Sistema OCB, que é composto pela Organização OCB, pela parte sindical e pelo Sescoop, que é o braço educacional. Todas as ações de formação, desenvolvimento e promoção social são direcionadas sob a responsabilidade do Sescoop. Ele é fiscalizado por órgãos de controle, já que os recursos são parafiscais, ou seja, recolhido pelo governo  e devolvido por meio de repasse. As cooperativas recolhem 2,5% da folha de pagamento de seus empregados registrados. Esses valores são devolvidos a Unidade Nacional e, em seguida, distribuídos para cada estado.

Se você acessar nosso site na seção de transparência, poderá ver detalhes sobre toda a nossa gestão orçamentaria, financeira, estrutura de pessoal entre outros controles. Com a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), temos sido muito cuidadosos em relação a dados sensíveis.

Quanto à execução dos recursos, este ano estamos trabalhando com um orçamento de aproximadamente R$ 6 milhões. A contribuição direta das cooperativas do Tocantins em 2024 deve fechar em torno de R$ 3,5 milhões. A diferença na execução é por meio de saldo de exercício e, também pelo Fundo Solidário, Fundecoop criado pelo Sescoop nacional, com o aporte de todos os estados e, principalmente das contribuições de estados com grandes cooperativas, como Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Existe algum ganho ou incentivo por parte do governo federal ou estadual que beneficie as cooperativas?

Sim, podemos pleitear recursos, pois somos uma entidade sem fins lucrativos. No entanto, há bastante tempo que, mesmo sendo parceiros em alguns programas, não buscamos recursos de fontes governamentais. Mas poderíamos fazê-lo caso identifiquemos alguma linha ou edital do governo que seja interessante, desde que haja aderência ao que atuamos e ao que está previsto em nosso regimento e estatuto.

Nesse caso, você se refere à OCB do Tocantins ou a todo o Brasil?

A todo o Brasil, pois a nossa lei de criação é a mesma para todos. Temos várias unidades de Sescoop e OCB que buscam recursos no Ministério da Agricultura, no Ministério de Minas e Energia etc. Até agora, não identificamos um programa ou projeto que precise de financiamento para o desenvolvimento com as cooperativas, mas se em algum momento avaliarmos que isso seja interessante, temos toda a expertise para buscar e executar, respeitando as diretrizes.

Como uma pessoa faz para se associar, ela deve procurar a OCB ou ir diretamente à cooperativa de crédito?

Pode ir direto à cooperativa! É interessante que, muitas vezes, as pessoas não conhecem todos os benefícios que uma cooperativa de crédito oferece. Uma vez que você descobre, se pergunta por que não se associou antes.

As taxas são muito mais competitivas, e o relacionamento com as cooperativas é muito acolhedor. Embora nem sempre tenhamos tempo para ir a uma agência, hoje em dia é possível resolver muitas questões pelo WhatsApp. Mas em algumas situações, ainda precisamos ir pessoalmente para assinar documentos. Mesmo assim, acredito que, ao conhecer as opções como Sicoob e Sicredi, você encontrará um serviço que se encaixa perfeitamente no seu perfil.

Neste mês, o sistema completa 35 anos e o Sescoop celebra 25 anos aqui no Tocantins. A senhora poderia nos contar um pouco sobre a importância dessas conquistas e como elas impactam as cooperativas da região?

O Sistema OCB está completando 35 anos, com a data de 1º de setembro, enquanto o Sescoop celebra 25 anos no dia 30 deste mês. Ao longo dessa trajetória, evoluímos significativamente, especialmente nas entregas mais assertivas para as cooperativas. Recentemente, folheei um livro de atas e, como sou um pouco sentimental, percebi que nenhuma das cooperativas que constituíram a OCB ainda existe. Contudo, prefiro olhar o copo meio cheio: muitas novas cooperativas surgiram, e as entregas que realizamos são impressionantes.

Por exemplo, uma cooperativa que fechou em Paraíso deu espaço para outra, que está prosperando hoje. É evidente que essas novas cooperativas, com modelos de negócios diferentes, estão entregando resultados muito superiores ao que conseguíamos na época de nossa fundação. A exemplo de uma cooperativa em Gurupi que exporta para vários países.

Em relação ao Sescoop, é notável que, ao longo de seus 25 anos, já executamos R$150 milhões de reais. Muitas vezes nos perguntamos: ‘O que entregamos para as cooperativas?’ Ao analisarmos os resultados, fica claro que o Sescoop foi um grande impulsionador desse desenvolvimento.

Hoje, nossas cooperativas ofertam mais de 2.200 empregos diretos e, o Sescoop é a entidade que qualifica, capacita muitos desses colaboradores. Acredito que já evoluímos bastante, mas, sem dúvida, ainda enfrentamos muitos desafios. Um dos principais é tornar a população do Tocantins cada vez mais cooperada em nossas cooperativas.

Como a senhora conduz esse trabalho à frente de um sistema tão grande? Sabemos que, como mulher, a senhora enfrenta desafios, e embora a situação já tenha melhorado, ainda existem percalços. Gostaria de saber como a senhora lida com essas questões no seu dia a dia

Obrigada pela pergunta. Se você me perguntasse isso há 15 anos, diria que, independentemente de ser homem ou mulher, é preciso fazer o que é necessário. Ao longo desse tempo, percebi que, mesmo sendo capacitada, às vezes falta coragem para me posicionar e dizer: ‘Eu vou fazer isso porque sou capaz’, e não por ser mulher. Alguém estaria no meu lugar de qualquer forma.

Hoje, ao olhar para nossa equipe na OCB, digo aos colaboradores que é possível se organizar para dar conta da casa, da família e ainda entregar resultados no trabalho. É uma pena que essa percepção venha só com a maturidade.

Conseguir essa conciliação é mais fácil quando se ama o que se faz. Estou sempre em busca de aprendizado, participando de cursos, sejam virtuais ou presenciais, mesmo que estejam longe. O Sistema OCB, do qual fazemos parte, é uma referência excelente em nossa atuação e entregas porque investimos muito na qualificação e capacitação de todos que estão no sistema.

Em relação ao Sistema OCB, estou há 33 anos nele, e todos os dias vejo uma nova oportunidade de aprendizado. Gosto muito de me relacionar com pessoas, até mesmo aquelas mais difíceis.

Há algo mais que você gostaria de acrescentar ou algum ponto que achou importante destacar?

Olha, estamos muito atentos aos temas que estão em evidência e que não é apenas modismo. Muitos precisam estar na nossa agenda, no dia a dia, principalmente com evidências. Não basta dizer que faz parte do nosso DNA.

Além disso, investimos muito em compliance e integridade. Para que uma cooperativa possa ostentar um selo de compliance, não basta apenas cumprir documentos de gestão; é necessário que todas as áreas de atuação, estejam alinhadas com essas práticas. Nossa preocupação vai além do que é considerado tendência; queremos evidenciar para a sociedade que realmente praticamos essas iniciativas.