SES diz que há farmacêuticos suficientes no Regional de Araguaína e rebate investigação do MPTO

22 abril 2025 às 08h54

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Após o Ministério Público do Tocantins (MPTO) abrir investigação para apurar falta de farmacêuticos e possíveis abandonos de plantões na farmácia do centro cirúrgico do Hospital Regional de Araguaína (HRA), a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) defendeu que a unidade possui mais de 30 profissionais farmacêuticos, o que considera suficiente para atender à demanda existente na unidade.
A resposta da SES veio após reportagem do Jornal Opção revelar que o MPTO iniciou uma apuração ainda no ano passado, após uma denúncia anônima na ouvidoria do órgão, que apontava supostas situações reincidentes de abandono de plantões. Essa ausência dos profissionais, segundo o relato, deixou medicamentos controlados expostos, sem qualquer supervisão, o que configuraria risco iminente à segurança hospitalar.
Diante da gravidade dos fatos e da documentação interna enviada pelo próprio HRA, incluindo o Ofício nº 103/2024 e o Memorando nº 24/2024, a promotora Bartira Silva Quinteiro Rios, da 5ª Promotoria de Justiça de Araguaína, decidiu pela conversão do procedimento preparatório nº 2022.0010467 em inquérito civil público e requisitou à direção do HRA esclarecimentos sobre a organização da equipe de farmacêuticos e sua distribuição entre as diversas farmácias da unidade, com foco especial no centro cirúrgico, que, segundo o MPTO, apresenta “recorrente falta de farmacêutico”.
Com relação à conduta dos profissionais, a SES destacou, por meio de nota, que já solicitou a interveniência do Conselho Federal de Farmácia (CFF) quanto à postura dos profissionais, “bem como já determinou a abertura de sindicância para as investigações e providências legais cabíveis”, diz em trecho da nota enviada à reportagem.
Confira a íntegra da nota
Nota
A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informa que o Hospital Regional de Araguaína (HRA) possui mais de 30 profissionais farmacêuticos, o que é suficiente para atender a demanda existente na unidade.
A SES-TO destaca que já solicitou a interveniência do Conselho Federal de Farmácia (CFF) quanto à conduta dos profissionais, bem como já determinou a abertura de sindicância para as investigações e providências legais cabíveis.
Palmas, 18 de abril de 2025
Secretaria de Estado da Saúde
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