Casos de gripe aviária são investigados em Aguiarnópolis

18 maio 2025 às 15h09

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O município de Aguiarnópolis, localizado no norte do Tocantins, está entre os três locais investigados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) por suspeita de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves. A investigação tem como foco a detecção de possíveis casos de Influenza Aviária e Doença de Newcastle. Até o momento, os exames laboratoriais não apresentaram resultados conclusivos. Segundo o ministério, as apurações estão sendo realizadas em galinhas.
Além de Aguiarnópolis, também são alvos de investigação os municípios de Sabará (MG) e Salitre (CE). Conforme o balanço divulgado pelo Mapa, neste mês, duas outras investigações resultaram em diagnóstico positivo para o vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), mas em nenhuma amostra foi detectada a Doença de Newcastle.
Na última quinta-feira, 15, o Mapa confirmou por meio de nota à imprensa a presença do vírus da IAAP em um matrizeiro de aves comerciais no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. Trata-se do primeiro foco da doença identificado em sistema de avicultura comercial no Brasil. Desde 2006, a circulação do vírus tem sido registrada principalmente na Ásia, África e norte da Europa.
De acordo com o ministério, “a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves nem de ovos. A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo”. O risco de infecção em humanos é considerado baixo e, na maioria dos casos, atinge tratadores ou profissionais com contato direto com aves infectadas, vivas ou mortas.
As medidas previstas no Plano Nacional de Contingência foram acionadas, com foco na contenção e erradicação do foco, na manutenção da capacidade produtiva do setor e na garantia do abastecimento alimentar.
O Mapa informou também que notificou oficialmente as cadeias produtivas envolvidas, a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), os Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, além dos parceiros comerciais do país.
O Serviço Veterinário brasileiro recebe capacitações e equipamentos desde os anos 2000 para atuar no enfrentamento da doença. Segundo o ministério, diversas ações preventivas vêm sendo implementadas para evitar a entrada do vírus no sistema de avicultura comercial brasileiro.
Entre essas medidas estão o monitoramento de aves silvestres, a vigilância em criações comerciais e de subsistência, o treinamento contínuo de técnicos da rede oficial e privada, atividades de educação sanitária e fiscalização nos pontos de entrada de animais e seus produtos no país.
Essas ações, de acordo com o Mapa, foram determinantes para adiar por quase duas décadas o registro da doença na avicultura comercial nacional.