Após protesto de excedentes do concurso da Educação, PGE não recorrerá contra redistribuição de vagas

15 janeiro 2025 às 09h22

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Nesta terça, 14, candidatos aprovados excedentes do concurso público da Educação do Estado, realizado em 2023, fizeram uma manifestação em frente à Secretaria de Estado da Educação (Seduc), em Palmas. O grupo reivindicou a redistribuição das vagas remanescentes e a prorrogação do concurso, além de informações sobre uma nova convocação.
Após algumas horas de protesto, os manifestantes foram recebidos pelo secretário de Educação, Fábio Vaz, que apresentou as medidas em análise pelo governo. Durante a reunião, ele destacou a posição do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), que determinou que a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) não recorra caso a Justiça autorize a redistribuição das vagas remanescentes.
“O governador reconhece a importância de valorizar os profissionais aprovados e preencher as vagas em aberto. Ele foi claro ao determinar que, caso a Justiça decida favoravelmente, a PGE não irá recorrer da redistribuição dessas vagas”, afirmou o secretário.
O governador Wanderlei Barbosa também ressaltou o compromisso do governo com a educação e a valorização dos aprovados. “A educação é prioridade no nosso governo, e sabemos da importância de contar com profissionais efetivos em nossas escolas. Por isso, determinei que a Procuradoria-Geral do Estado não recorra caso a Justiça decida pela redistribuição das vagas remanescentes. Temos compromisso em atender as demandas da nossa rede de ensino e valorizar os aprovados no concurso”, declarou Wanderlei.
A redistribuição das vagas, que busca alocar aprovados excedentes em localidades onde não houve inscritos ou aprovados, é alvo de uma ação judicial. A medida é vista pelos manifestantes como essencial para atender às demandas das escolas e valorizar os profissionais que aguardam a convocação.
Outro ponto levantado pelos manifestantes foi a possibilidade de uma nova convocação. O secretário adiantou que uma chamada será realizada ainda em janeiro, mas afirmou que será “reduzida”.
Sobre a prorrogação do prazo de validade do concurso, a resposta do governo foi vaga. Segundo os representantes, o tema ainda não está em discussão, por estar distante do prazo de expiração.
“O que pedimos é simples: queremos que as vagas remanescentes sejam redistribuídas para que mais candidatos possam ser chamados. Também queremos a garantia de que o concurso será prorrogado, já que muitas vagas ainda precisam ser preenchidas”, destacou um dos integrantes da comissão dos aprovados excedentes.
O concurso da Educação, realizado após 14 anos de espera, já resultou na convocação de mais de 4 mil aprovados. No entanto, as vagas em aberto continuam sendo um entrave para o atendimento pleno das escolas da rede estadual, segundo a comissão, porque escolas estaduais em diversas cidades possuem professores contratados sem concurso