Audiência de custódia mantém prisão de Eduardo Siqueira Campos, advogado e policial civil

27 junho 2025 às 18h12

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A audiência de custódia realizada na tarde desta sexta-feira, 27, manteve a prisão preventiva do prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), do advogado Antonio Ianowich Filho e do policial civil Marcos Albernaz, presos pela Polícia Federal durante nova fase da Operação Sisamnes. A decisão de manter as prisões foi confirmada ao Jornal Opção Tocantins por fontes ligadas ao advogado Juvenal Klayber, que atua na defesa do prefeito.
Após a audiência, os três investigados foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para exames de corpo de delito e, em seguida, levados ao Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, onde irão permanecer custodiados.
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Tocantins (OAB-TO) informou que, até o presente momento, não teve acesso à decisão judicial envolvendo o advogado Ianowich Filho. Ressalta, contudo, que está adotando todas as medidas cabíveis para assegurar a plena observância das prerrogativas profissionais do referido advogado, conforme previsto na legislação vigente e no Estatuto da Advocacia.
A reportagem tenta contato com a defesa de Marcos Albernaz.
Deflagrada nesta sexta, a nova etapa da Sisamnes apura o vazamento de informações confidenciais de inquéritos que tramitam no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo a Polícia Federal, há indícios de participação de agentes públicos e operadores do direito no esquema, que envolveria a comercialização de dados sigilosos de processos judiciais.
Defesa
A Prefeitura de Palmas afirmou que as investigações não têm relação com a gestão municipal e que o prefeito recebeu a decisão com serenidade, prometendo colaborar com as autoridades. O vice-prefeito Carlos Velozo (Agir) assumiu a chefia do Executivo e teve a nomeação oficializada no Diário Oficial do Município ainda na sexta-feira.
A defesa do policial Marco Augusto informou que entrou com pedido de revogação da prisão e, em caso de negativa, pretende recorrer. Já a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Tocantins (OAB-TO) declarou que ainda não teve acesso à decisão judicial e está tomando as providências para garantir as prerrogativas profissionais do advogado detido. A defesa do advogado não foi localizada.
A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins acompanha o caso por meio da Corregedoria-Geral e anunciou que adotará medidas administrativas, conforme o avanço das apurações.