A cidade de Caseara poderá ter um novo prefeito a partir de janeiro de 2024 e o motivo é o término do mandato da atual mesa diretora da Câmara Municipal, cujo presidente, vereador Cléber Pinto Cavalcante (UB), o Clebinho, encontra-se afastado por decisão judicial.

O novo gestor deverá ser o novo presidente da Câmara, já eleito, vereador Marcos Carvalho Lima (PTB), conhecido como Marcos do Chico. Ele deve assumir a Câmara em 1° de janeiro de 2024. A eleição da nova mesa aconteceu no dia 6 de dezembro último e escolheu, além do presidente, o novo vice-presidente, vereador Cacique do Gervásio (PTB), a primeira secretária, vereadora Venuza Farias (PSC), a segunda secretária, vereadora Maria Ângela Oliveira (DEM) e o tesoureiro, vereador Railson Martins (PTB).

Sendo assim, o atual ocupante do cargo de prefeito, o vice-presidente da Câmara, vereador Suair Mariano de Melo (PSD) pode ter que deixar o comando da Prefeitura local, voltando a ocupar sua função de vereador.

Memória

No dia 5 de dezembro, uma decisão do Tribunal de Justiça determinou o afastamento da prefeita Ildislene Santana (União Brasil), do vice-prefeito Francisco Neto (PTB) e do presidente da Câmara Municipal, Cleber Pinto. Seguindo a linha sucessória, assumiu o posto o vice-presidente Suair Melo. Os afastados são investigados por fraude em licitação

Ildislene Santana, prefeita de Caseara, afastada pela Justiça (Foto: Divulgação)

Também foram afastados secretários municipais, incluindo o marido da prefeita, Walter Santana, o Waltinho, que também já foi prefeito da cidade.

De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP-TO), a investigação da Polícia Civil investiga contratos para locação de veículos feitos em 2017 pelas secretarias de Saúde e Educação. A polícia acredita que a locadora seja uma empresa fantasma que foi criada em 2016, logo após a prefeita vencer as eleições do seu primeiro mandato.

Os contratos foram encerrados em 2021. Há indícios de fraude em licitações, uso de documentos falsos e superfaturamento. Segundo a polícia, a empresa sequer possuía frota suficiente para atender a demanda. Um carro teria sido transferido pela locadora este ano para o nome de uma filha da prefeita, que mora em Palmas e trabalharia no gabinete de uma deputada estadual.

Segundo consta nas investigações, a empresa e seu proprietário movimentaram mais de R$ 23 milhões entre os anos de 2016 a 2020.

Matéria atualizada às 18:00