Confira nome das empresas envolvidas na Operação ONGs de Papel, que apura fraudes em contratos públicos no Tocantins

17 outubro 2024 às 10h57

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O Tribunal de Justiça do Tocantins autorizou uma operação de busca e apreensão para investigar um esquema de fraudes envolvendo contratos públicos, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A ação mira irregularidades relacionadas ao Instituto Cultural Amigos da Música (ICAM) e à empresa Veros Ambiental, com indícios de desvio de recursos públicos.
As investigações revelaram que o ICAM recebeu cerca de R$12,1 milhões, sendo R$9,8 milhões provenientes do governo do Tocantins. Empresas de fachada, como Som Nova Geração e T2 Produções, teriam sido utilizadas para fraudar contratos públicos, com propostas idênticas e direcionadas para beneficiar a Veros Ambiental.
Entre os principais suspeitos estão Jomar Casteluci, presidente do ICAM, e José Rogério Schalch, presidente da Veros Ambiental, ambos acusados de participação ativa no esquema de desvio de recursos. Outros indivíduos, incluindo familiares e associados, também teriam se beneficiado com valores expressivos.
A decisão judicial prevê a suspensão de contratos ainda não executados entre o ICAM, a Veros Ambiental e o governo estadual, além da proibição de novas contratações das empresas investigadas com o Estado. A quebra de sigilo de dados, como mensagens de aplicativos e arquivos em dispositivos eletrônicos apreendidos, foi autorizada.
A operação, que contará com o acompanhamento do Ministério Público, tem como objetivo proteger os cofres públicos e evitar a continuidade das atividades ilícitas. As diligências devem ser concluídas em até 60 dias.
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