A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que, a partir de junho, a bandeira tarifária será vermelha, patamar 1. A decisão foi tomada devido à redução no volume de chuvas e à consequente queda na geração de energia pelas hidrelétricas, conforme informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Com a mudança, a conta de luz terá um custo extra de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. A Aneel também reforçou a importância do uso consciente da energia.

Para ajudar no controle das despesas, especialistas indicam algumas medidas simples que podem reduzir o consumo de energia nas residências.

Chuveiro: principal vilão da conta

O chuveiro elétrico é um dos aparelhos que mais consome energia. O engenheiro de Eficiência Energética da Cemig, Thiago Batista, orienta que, nos dias mais quentes, o equipamento seja usado na posição “verão”, o que pode diminuir em até 30% o gasto de energia. Além disso, é importante não prolongar o tempo do banho.

Outra recomendação é evitar o uso do chuveiro no horário de pico, entre 17h e 22h, e desligá-lo ao ensaboar o corpo ou os cabelos.

Geladeira: atenção ao uso

A geladeira é outro equipamento que consome bastante energia, principalmente quando há muita abertura de portas ou quando alimentos ainda quentes são colocados dentro dela. Isso faz com que o motor trabalhe mais, aumentando o consumo.

Thiago Batista também recomenda verificar regularmente a borracha de vedação da porta. Um teste simples é colocar uma folha de papel entre a porta e o eletrodoméstico; se a folha sair com facilidade, é hora de trocar a borracha.

Usar a parte traseira da geladeira para secar roupas também deve ser evitado, pois eleva o gasto de energia.

Ventilador ou ar-condicionado?

Em dias quentes, o ventilador é a opção mais econômica, tanto no preço do aparelho quanto no consumo de energia. No entanto, é importante desligá-lo ao sair do ambiente e evitar o uso contínuo por longos períodos.

Já o ar-condicionado consome mais energia, principalmente quando ajustado a temperaturas muito baixas. De acordo com o especialista em educação financeira Thiago Godoy, a cada 1ºC a menos, há um aumento de cerca de 10% no consumo.

Na hora de escolher um ar-condicionado, vale considerar o tamanho do ambiente, a eficiência do aparelho e o clima da região. Modelos com tecnologia inverter e selo Procel de eficiência energética são mais econômicos a longo prazo.

Usar cortinas ou persianas para bloquear a entrada do calor, manter portas e janelas fechadas e combinar o ar-condicionado com ventiladores são formas eficazes de reduzir o consumo.

Lâmpadas e cores das paredes

Trocar lâmpadas incandescentes por modelos de LED é uma medida simples que gera economia, pois elas consomem menos energia e têm maior durabilidade.

Outra dica é optar por paredes com cores claras, que aproveitam melhor a iluminação natural, diminuindo a necessidade de acender luzes durante o dia.