Em 2023, a quantidade de energia furtada no Tocantins, considerando o consumo médio da classe residencial, seria suficiente para abastecer uma cidade como Colinas, que tem mais de 35 mil habitantes, por um período de um ano. Com base nos dados divulgados pela Energisa, a quantidade de energia furtada no ano passado foi de 35.492 MWh. Operações conjuntas entre a Concessionária e a Polícia Civil do Estado realizaram 31.918 inspeções, identificando 4.085 casos de furtos e registrando 139 boletins de ocorrência, uma média de um a cada três dias. As informações são da Energisa e da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

O furto de energia, conhecido como “gato”, é caracterizado como crime conforme o Artigo 155, Parágrafo III do Código Penal, sujeito a uma pena de um a quatro anos de reclusão, além de multa. A delegada Lucélia Marques destaca os riscos envolvidos nesse tipo de delito, ressaltando que muitas vezes as pessoas não têm a capacitação necessária para realizar ligações elétricas, colocando em perigo suas vidas e de seus familiares.

Ricardo Pedrosa, coordenador de Medição e Combate a Perdas da Energisa, enfatiza que as ligações clandestinas prejudicam toda a comunidade, causando sobrecarga na rede, oscilações, quedas de energia e danos a equipamentos. Ele destaca a importância de denunciar esses casos, uma vez que todos os usuários acabam arcando com os custos desses crimes. O furto de energia é tipificado nos artigos 155 e 171 do Código Penal Brasileiro, sujeito a penas que incluem até quatro anos de reclusão, além de multa.

Os dados revelam variações nos números de ligações clandestinas identificadas nos últimos anos, com uma redução de 23,1% em 2023 em comparação ao ano anterior. Em 2020, foram registradas 5.167 ligações ilegais, seguidas por 4.873 em 2021 e 5.318 em 2022. A população é incentivada a denunciar casos de furto de energia, podendo fazê-lo de maneira fácil e anônima por meio dos canais de atendimento da Energisa, como o call center no número 0800 721 3330.