Palmas ficou na 16ª posição no ranking da transparência em estudo da Open Knowledge Brasil divulgado nesta terça-feira, 04, que avalia dados sobre políticas públicas nas capitais brasileiras. A pesquisa avaliou 26 capitais e 21 ficaram no pior nível de transparência, incluindo a capital tocantinense.

O índice em que Palmas menos se destacou foi o de transparência de dados da Saúde, onde ocupou a 24ª posição. A melhor colocação ficou com a Administração Pública, área em que a capital tocantinense ficou na 10ª posição. O Jornal Opção Tocantins questionou a Prefeitura de Palmas sobre o que tem sido feito para melhorar a transparência do município e aguarda um retorno.

Foto: OKBR

O Índice de Dados Abertos para Cidades (ODI Cidades) 2023 avaliou 111 conjuntos de dados em 14 áreas de políticas públicas nas capitais, abrangendo setores como Administração, Saúde, Educação, Meio Ambiente e Governança de Dados. A pontuação do índice é expressa em uma escala de 0 a 100%, dividida em cinco níveis de classificação: Opaco (0 a 20%), Baixo (21% a 40%), Médio (41% a 60%), Bom (61% a 80%) e Alto (81% a 100%).

São Paulo, com um índice de 48%, e Belo Horizonte, com 47%, não atingiram 50% da pontuação do índice, apresentando um nível médio de abertura de dados segundo a escala de avaliação. Recife (38%), Curitiba (27%) e Fortaleza (26%), que ocupam as posições seguintes no ranking, alcançaram um nível baixo de abertura. As outras 21 capitais foram classificadas como opacas.

Danielle Bello, coordenadora de Advocacy e Pesquisa da Open Knowledge Brasil, que lidera o estudo, afirma que o índice apresenta um cenário preocupante. De acordo com ela, a maioria das capitais não publica conjuntos de dados básicos em todas as áreas de políticas públicas avaliadas.

“Esse é um quadro alarmante, que nos leva a questionar: se essa é a situação nas maiores cidades do país, como será nos outros municípios brasileiros?”, ressalta Danielle Bello.

Indicadores Avaliados

Para criar o Índice de Dados Abertos para Cidades (ODI Cidades) 2023, foram analisados seis grupos de indicadores: acesso, licenciamento, documentação, formato, detalhamento e temporalidade. A avaliação considerou se os dados estavam disponíveis online, gratuitamente e sem necessidade de solicitação de acesso; se incluíam metadados, estavam em formatos não proprietários e processáveis, e se eram atualizados conforme a periodicidade declarada.

Os dados revisados abrangiam 14 áreas de políticas públicas: administração pública, assistência social, cultura, educação, esporte e lazer, finanças públicas, habitação, infraestrutura urbana, legislação, meio ambiente, mobilidade e transporte público, ordenamento territorial e uso do solo, saúde e segurança pública.

Ranking da abertura de dados nas aapitais

  • São Paulo (SP) – Nível Médio
  • Belo Horizonte (MG) – Nível Médio
  • Recife (PE) – Nível Baixo
  • Curitiba (PR)
  • Fortaleza (CE)
  • Porto Alegre (RS)
  • Vitória (ES)
  • Rio de Janeiro (RJ)
  • Salvador (BA)
  • Porto Velho (RO)
  • João Pessoa (PB)
  • Cuiabá (MT)
  • Florianópolis (SC)
  • Teresina (PI)
  • Natal (RN)
  • Palmas (TO)
  • Belém (PA)
  • Campo Grande (MS)
  • Macapá (AP)
  • Manaus (AM)
  • São Luís (MA)
  • Aracaju (SE)
  • Goiânia (GO)
  • Maceió (AL)
  • Rio Branco (AC)
  • Boa Vista (RR)