Partido liderado por Wanderlei Barbosa se destaca nas eleições municipais de 2024 no Tocantins

10 outubro 2024 às 15h31

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O governo de Tocantins, sob a liderança do Republicanos, mostrou sua influência no primeiro turno das eleições municipais de 2024, com candidatos do partido conquistando 56 prefeituras, o que representa 40,28% do total de 139 municípios. Entre esses eleitos, 10 (17,86%) são do gênero feminino e 46 (82,14%) são do gênero masculino.
De acordo com os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao todo do partido foram eleitos 381, destes, 56 venceu para o cargo de prefeito municipal, para atuar ao lado, 24 vice-prefeito, e para vereador foram 301 candidatos do partido Republicanos. O partido ganhou destaque no Tocantins em 2022, quando Wanderlei Barbosa foi eleito governador pelo Republicanos.
Conforme material publicado no Jornal Opção Tocantins, a lista dos partidos que mais elegeram prefeitos, depois do Republicanos, inclui o União Brasil, que elegeu 37 prefeitos, correspondendo a 26,81% do total, sendo 9 (24%) mulheres e 28 (76%) homens. E o Partido Progressista (PP), que teve 100% dos seus 15 prefeitos eleitos como homens, totalizando 10,86%.
Governadores como Cláudio Castro (PL-RJ), Ronaldo Caiado (União-GO), Raquel Lyra (PSDB-PE) e Helder Barbalho (MDB-PA) também lideram as listas de eleitos em seus Estados. A dominância dos partidos dos governadores chega a 63% em regiões com menor número de municípios, como Alagoas e Acre, ampliando a influência local.
“Prefeitos são cabos eleitorais”, afirma o cientista político Marco Antônio Teixeira, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). “Quem é governador tem a capacidade de trazer prefeitos para sua legenda. E, como as eleições (para governador e para prefeito) são separadas, o prefeito, via de regra, se devota inteiramente à de governador porque não precisa cuidar da sua naquele ano.”
Enquanto isso, o PT, que governa estados como Rio Grande do Norte (Fátima Bezerra), Piauí (Rafael Fonteles), Bahia (Jerônimo Rodrigues) e Ceará (Elmano de Freitas), não conseguiu ser maioria em nenhum desses locais. No Tocantins, três dos 139 serão comandados pelo partido.
A seguir, veja o número e a porcentagem de prefeitos eleitos pela mesma sigla do governador, por Estado, destacando onde o partido foi o mais vitorioso:
- Tocantins – Eleitos pelo Republicanos de Wanderlei Barbosa: 40,57% (56 prefeitos)
- Paraná – Eleitos pelo PSD de Ratinho Júnior: 40,6% (162 prefeitos)
- Goiás – Eleitos pelo União Brasil de Ronaldo Caiado: 38,6% (95 prefeitos)
- Santa Catarina – Eleitos pelo PL de Jorginho Mello: 30,5% (90 prefeitos)
- São Paulo – Eleitos pelo Republicanos de Tarcísio de Freitas: 13% (84 prefeitos)
- Pará – Eleitos pelo MDB de Helder Barbalho: 57,6% (83 prefeitos)
- Paraíba – Eleitos pelo PSB de João Azevêdo: 30,9% (69 prefeitos)
- Alagoas – Eleitos pelo MDB de Paulo Dantas: 63,7% (65 prefeitos)
- Mato Grosso – Eleitos pelo União Brasil de Mauro Mendes: 42,2% (60 prefeitos)
- Piauí – Eleitos pelo PT de Rafael Fonteles: 22,3% (50 prefeitos)
- Bahia – Eleitos pelo PT de Jerônimo Rodrigues: 11,7% (49 prefeitos)
- Ceará – Eleitos pelo PT de Elmano de Freitas: 25% (46 prefeitos)
- Mato Grosso do Sul – Eleitos pelo PSDB de Eduardo Riedel: 55,7% (44 prefeitos)
- Rio Grande do Sul – Eleitos pelo PSDB de Eduardo Leite: 6,6% (33 prefeitos)
- Pernambuco – Eleitos pelo PSDB de Raquel Lyra: 16,8% (31 prefeitos)
- Sergipe – Eleitos pelo PSD de Fábio Mitidieri: 34,6% (26 prefeitos)
- Amazonas – Eleitos pelo União Brasil de Wilson Lima: 38,7% (24 prefeitos)
- Rio de Janeiro – Eleitos pelo PL de Cláudio Castro: 23,9% (22 prefeitos)
- Espírito Santo – Eleitos pelo PSB de Renato Casagrande: 28,2% (22 prefeitos)
- Maranhão – Eleitos pelo PSB de Carlos Brandão: 8,7% (19 prefeitos)
- Rondônia – Eleitos pelo União Brasil de Marcos Rocha: 30,7% (16 prefeitos)
- Acre – Eleitos pelo PP de Gladson Cameli: 63,6% (14 prefeitos)
- Minas Gerais – Eleitos pelo Novo de Romeu Zema: 1% (9 prefeitos)
- Rio Grande do Norte – Eleitos pelo PT de Fátima Bezerra: 4,1% (7 prefeitos)
- Roraima – Eleitos pelo PP de Antônio Denarium: 46,6% (7 prefeitos)
- Amapá – Eleitos pelo Solidariedade de Clécio Luís: 0% (Nenhum)