Um homem condenado à pena de 13 anos e seis meses de reclusão, em regime inicialmente fechado por praticar crimes de estupro, ato libidinoso e conjunção carnal mediante fraude religiosa ou abuso de autoridade, com sentença publicada no último dia 22 de outubro. O caso, denunciado pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO) ocorreu no município de Guaraí. 

Conforme a denúncia do MPTO, o homem que era pastor, fez uso da posição em uma denominação evangélica para praticar os atos criminosos contra dez adolescentes, entre eles sete rapazes e três moças. Testemunhas relataram, por exemplo, que o homem era pastor de jovens da igreja, sendo procurado para tratar de casos de abuso infantil, pornografia e masturbação e diante da situação aplicava “procedimentos para libertação dos pecados”. Nesse contexto, chegou a tocar intimamente as vítimas sem consentimento e enviar fotos de cunho sexual.

Foi apresentada pela 1ª Promotoria de Justiça de Guaraí e recebida pela Justiça em abril deste ano, com base nos relatos das testemunhas e ainda segundo a denúncia do Ministério Público, o condenado praticou estelionato religioso. Como forma de “tirar um demônio” e “espírito de masturbação” de adolescentes, o pastor fazia uso do termo “pai espiritual” ao praticar os crimes. O processo corre em segredo de justiça e há a possibilidade de existir um maior número de vítimas.