Professores da UFT aderem à greve nacional dos servidores em educação
24 abril 2024 às 10h47
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Nesta terça, 23, professores da Universidade Federal do Tocantins (UFT) se reuniram em assembleia para discutirem a adesão à greve nacional dos professores da educação superior. Após votação, que teve a participação dos campi de Arraias, Porto Nacional, Miracema e Palmas, ficou decidido que o corpo docente da UFT irá aderir à greve.
A votação aconteceu de forma presencial, no campus de Palmas da UFT, e de forma remota nos demais. Foram 82 votos favoráveis e 43 contrários à greve. O campus com o maior número de votantes foi o de Palmas com 73 professores. As atividades na universidade devem se manter normalmente até que a reitoria formalize a adesão grevista. O prazo para esse trâmite é de 72 horas.
Segundo dados do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino (Andes) já são 24 universidades que aderiram à paralisação nacional. Dentre as reinvindicações estão um reajuste salarial de 22% ainda em 2024 e um novo projeto de lei para o Plano Nacional de Educação, com 10% do PIB destinado à educação pública do país.
Paralelo a greve dos professores temos também a greve dos técnicos administrativos, que levou à suspensão de aulas em três câmpus do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), nas cidades de Porto Nacional, Colinas do Tocantins e Dianópolis.
Vale lembrar que o Jornal Opção Tocantins entrevistou o reitor da UFT, no início do mês de março, e ele disse que no momento não era prevista uma greve dos professores: “a categoria de docentes, pouco se tem falado em relação à greve nas universidades federais. O sindicato que os representa, inclusive, ainda não abordou o tema. Creio que o cenário, no momento, não é favorável, embora haja uma questão salarial crítica da categoria, já há muito tempo sem recomposição”, disse o reitor.
Não deixa de ser irônico, ou, no mínimo, estranho, que uma das categorias que mais apoiaram o atual governo não consiga dialogar sem fazer pressão grevista.