A oitava fase da Operação Overclean, deflagrada nesta sexta-feira, 31, pela Polícia Federal, teve como alvos o secretário nacional do Podemos, Luiz Cláudio Freire de Souza França, o ex-secretário extraordinário de Parcerias e Investimentos do Tocantins, Claudinei Aparecido Quaresemin, o ex-secretário executivo de Educação do Tocantins, Éder Martins Fernandes, e o ex-diretor administrativo da Seduc, Itallo Moreira de Almeida.

As ações ocorreram em Brasília (DF), São Paulo (SP), Palmas (TO) e Gurupi (TO), com cinco mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A operação contou com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU). Durante as ações, Éder foi preso em flagrante, junto com o servidor da Seduc, Danilo Pinto da Silva, por suspeita de obstruir a operação da PF.

Luiz França foi alvo em Brasília e o partido Podemos foi procurado, mas ainda não se manifestou sobre o caso. No Tocantins, Claudinei Quaresemin, que já havia sido preso em fase anterior da operação voltou a ser alvo. Ele é sobrinho do ex-governador Mauro Carlesse (Agir) e foi apontado anteriormente como articulador em esquemas de fraudes e desvio de recursos públicos.

Éder Martins é concursado como professor da rede estadual de educação e foi secretário-executivo durante o governo de Wanderlei Barbosa (Republicanos) e continua lotado na secretaria executiva. Antes disso, chegou a ocupar diversos cargos em gestões anteriores.

O Jornal Opção Tocantins tenta contato com a defesa dos citados.

Outro investigado é o empresário José Marcos de Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, suspeito de atuar como operador político e de influência em contratos públicos.

As investigações miram supostos desvios de emendas parlamentares e fraudes licitatórias. Segundo a Polícia Federal, a organização criminosa teria movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão por meio de contratos irregulares e obras superfaturadas.

A PF aponta que Fernandes, ex-secretário executivo de Educação do Tocantins, é suspeito de direcionar contratos e liberar irregularmente recursos públicos. Quaresemin, é investigado por supostamente favorecer empresas ligadas ao grupo investigado em licitações. França é apontado como elo entre interesses privados e o núcleo político da organização. Já Almeida é investigado por fraudes em contratos e prestação de contas.

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*Com informações do O Globo