Sem resposta da gestão municipal, profissionais da educação de Miracema intensificam mobilização

25 abril 2025 às 16h59

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Os profissionais da Rede Municipal de Educação de Miracema durante assembleia realizada na última quarta-feira, 23, deliberaram por fortalecer a mobilização da categoria, diante da ausência de retorno por parte da gestão municipal sobre as pautas apresentadas. A reunião foi realizada na sede regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet), em Miracema, logo após uma paralisação promovida no mesmo dia.
Conforme relatou Iata Anderson, presidente do Sintet Regional de Miracema, os trabalhadores decidiram cobrar mais uma vez a administração municipal com o objetivo de obter uma resposta oficial. “A assembleia definiu como encaminhamento principal procurar a gestão para forçar o diálogo, uma vez que até agora não houve qualquer devolutiva das reivindicações feitas pela categoria”, declarou.
Além do reajuste salarial, os profissionais também reivindicam o cumprimento do estatuto do servidor, a efetivação do plano de carreira e a adequação da jornada de trabalho dos servidores da educação.
Como próximos encaminhamentos, a assembleia decidiu intensificar as ações por local de trabalho, ampliar a atuação de base nas escolas e realizar uma nova assembleia na próxima quarta-feira, 29 de abril, para avaliar os desdobramentos da mobilização e definir novos passos.
A questão do piso salarial do magistério também está entre as preocupações da categoria. De acordo com Iata Anderson, a gestão municipal ajuizou ação na Justiça Federal para questionar o pagamento do piso nacional. “Já vencemos na Justiça, e há entendimento jurídico de que o piso deve ser pago. Ainda assim, a gestão municipal segue sem implementar o piso desde 2022”, afirmou.
Segundo o dirigente, os professores contratados continuam recebendo abaixo do piso, enquanto os servidores efetivos, devido à estrutura da carreira no município, não estariam sendo diretamente impactados pela defasagem. “O que é certo é que a gestão não tem implementado o piso como deveria”, concluiu.
A categoria permanece mobilizada e atenta quanto à defesa dos direitos dos profissionais da educação no município.