Após o colapso da ponte Juscelino Kubitscheck de Oliveira, que atravessa o Rio Tocantins e liga as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Waldez Góes, solicitou urgência nas ações de assistência aos municípios atingidos pela tragédia. Em reunião na quinta-feira, 9, o ministro se reuniu com a senadora Dorinha Seabra Rezende e o prefeito de Aguiarnópolis, Wanderly dos Santos Leite, para agilizar a aprovação dos planos de trabalho necessários para liberar os recursos de apoio.

“A aprovação dos planos de assistência humanitária para garantir cestas básicas, água e combustível para a população de Aguiarnópolis é nossa total prioridade”, declarou Waldez Góes, enfatizando a urgência das medidas. A reunião também contou com a participação do secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, e do diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Armin Braun, além de técnicos da Defesa Civil Nacional.

De acordo com informações do governo, a prefeitura de Aguiarnópolis já solicitou apoio financeiro ao Governo Federal para realizar ações de assistência humanitária. A Defesa Civil municipal está colaborando na adequação dos dados necessários para a liberação dos recursos. “Vamos nos reunir com a prefeitura e com a equipe da defesa civil municipal para fazer as correções necessárias e garantir uma aprovação imediata”, afirmou Wolnei Wolff.

O desabamento da ponte ocorreu em 22 de dezembro de 2024, quando diversos veículos, incluindo caminhões carregados com ácido sulfúrico e agrotóxicos, trafegavam pelo local. Em razão do risco de contaminação do Rio Tocantins, a captação de água foi temporariamente suspensa, mas até o momento não foram encontrados indícios de substâncias tóxicas na água.

A situação de emergência foi reconhecida pelo MIDR em Estreito em 31 de dezembro de 2024, e em Aguiarnópolis, no dia 3 de janeiro de 2025. Com o reconhecimento, os municípios podem solicitar recursos ao Governo Federal para ações de defesa civil. O processo de solicitação é feito por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD), no qual as prefeituras encaminham planos de trabalho para avaliação técnica.

Cidades em situação de emergência têm a possibilidade de receber recursos para ações imediatas de socorro e assistência. Após a análise dos planos de trabalho, o valor solicitado é aprovado e publicado em uma portaria no Diário Oficial da União.

A Defesa Civil Nacional também oferece cursos a distância para qualificar os agentes municipais e estaduais em gestão de desastres, incluindo o uso do S2iD. Os treinamentos visam capacitar os profissionais envolvidos na resposta a situações de emergência.