Após ser dispensado da coordenação da Central de Alvarás de Soltura (CAS) na semana passada, o policial penal Francisco Eudes Vieira Marques contestou as denúncias de irregularidades envolvendo plantões extras e assédio moral. Ele afirma que a prática de plantões segue padrões estabelecidos desde 2021 e nega qualquer ilegalidade, atribuindo as acusações a perseguições decorrentes de sua saída do sindicato dos policiais penais.

Eudes relata que, ao discordar da gestão sindical, teria sofrido retaliações, inclusive processos judiciais, enquanto ainda contribuía financeiramente para o sindicato. Segundo ele, a insatisfação com a remoção de servidores para unidades penais em Palmas teria sido manipulada para criar acusações de assédio moral. 

Eudes disse que acionou a Justiça contra denúncias que considera caluniosas, registrando boletins de ocorrência e solicitando liminares para proteger sua imagem. Ele ressaltou que vai buscar reparação por danos morais e expôs documentos que, segundo ele, comprovam a inexistência de irregularidades. Para Eudes, as denúncias são tentativas de manchar sua reputação e prejudicar outros colegas, “todos pais de família”.

Ele destaca que sua dispensa, publicada no Diário Oficial, ocorre no contexto de uma apuração em andamento pela Corregedoria-Geral dos Sistemas Penal e Socioeducativo, reforçando sua confiança na Justiça para esclarecer os fatos. “Para mim e minha família, é fundamental que a verdade prevaleça. Não há nada a esconder, e tomarei todas as providências para reparar os danos causados”, disse.

Histórico 

Francisco Eudes Vieira Marques foi dispensado da função de coordenador da Central de Alvarás de Soltura após denúncias de irregularidades, incluindo alegações de favorecimento pessoal em plantões extras e assédio moral. As queixas, enviadas à Corregedoria e ao Ministério Público, apontam também precariedade no ambiente de trabalho. A dispensa ocorreu em meio à apuração das denúncias pela Corregedoria-Geral dos Sistemas Penal e Socioeducativo, embora Francisco Eudes siga como coordenador dentro da estrutura do Tribunal de Justiça.