Servidora de presídio de Paraíso é afastada por suspeita de cobrança ilegal a presos e familiares

20 fevereiro 2025 às 09h04

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A Polícia Civil do Tocantins deflagrou, na manhã desta quarta, 19, a operação Profanum, em Paraíso do Tocantins. A ação investiga crimes de corrupção passiva e peculato, que é o desvio ou apropriação indevida de recursos públicos por parte de um agente do Estado, ocorridos na Unidade Penal Regional do município e resultou no cumprimento de três mandados de busca e apreensão, além do afastamento de uma servidora pública comissionada, apontada como líder do esquema.
De acordo com o delegado regional José Lucas Melo, a investigação revelou que a servidora, de 58 anos, teria utilizado sua função para receber valores indevidos de presos e familiares, sob a justificativa de promover eventos e melhorias para os detentos, que nunca chegaram a ser realizados. Além disso, a apuração indica que a investigada exigia que medicamentos destinados aos internos fossem adquiridos exclusivamente em um estabelecimento comercial pertencente a um segundo investigado, de 33 anos.
Para evitar ser denunciada, a servidora alegava ter influência política e ameaçava prejudicar presos e funcionários da unidade. Com a deflagração da operação, os investigados estão proibidos de manter contato com familiares de detentos ou de se aproximarem da unidade penal.
O delegado destacou que a ação visa garantir a integridade do serviço público e combater desvios de conduta. “A Polícia Civil está atenta e vigilante para investigar e responsabilizar práticas criminosas que comprometam a administração pública”, afirmou.
A operação Profanum, cujo nome faz referência à profanação dos princípios de honestidade e dignidade no serviço público, contou com o apoio da Polícia Penal do Tocantins e de outras delegacias da região. O caso será encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para as providências cabíveis.