Ocorrências envolvendo animais na pista aumentaram 9% em 2024, de acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Entre janeiro e agosto deste ano, foram contabilizados 12 acidentes envolvendo animais nas margens da BR-153 em todo o estado, com nenhum responsável identificado em todos os casos.

André Rosário, um auxiliar de rede, 28 anos, enfrentou mais de um mês de hospitalização e sofreu perda de memória após colidir com um animal solto na BR-153, em Araguaína. Ele representa uma das vítimas de acidentes de trânsito desse tipo de acidente.

“No momento da pancada eu já fiquei em coma. Não lembro do momento do acidente, mas lembro daquele dia, horas antes do acontecido. A recuperação foi muito, muito difícil, recuperar a memória, lembrar das pessoas, lembrar da minha família”, comenta André.

Devido às complicações do acidente, André, que tinha 21 anos na época, passou 18 dias em coma. “Inicialmente, quando estava internado, perdi o movimento do braço e da perna esquerda, só que com o tempo, no hospital mesmo, eu consegui retomar os movimentos dos dois membros”, disse.

Sete anos após o incidente, André observa que houve alguma melhora na sinalização das estradas, mas os problemas persistem. “Mudou um pouco no que diz respeito a pavimentação e um pouco na sinalização, mas fiscalização desse tipo de ato [animais na pista] não houve nenhuma mudança”, afirma.

Casos 

Recentemente, no dia 14 de setembro, uma mulher de 39 anos perdeu a vida após a caminhonete em que viajava colidir com uma vaca e sair da pista, próximo ao município de Piraquê, no norte do Tocantins. Outras duas pessoas que estavam no veículo ficaram feridas e foram levadas ao hospital.

Outro acidente foi registrado na TO-010 no dia 7 do mesmo mês, onde um homem colidiu com uma mula ao longo do trecho que liga Babaçulândia a Wanderlândia. O impacto foi fatal, e ele não sobreviveu aos ferimentos.

A PRF alerta sobre os perigos que animais soltos representam, especialmente nas rodovias que servem como vias de acesso para veículos pesados. Os proprietários de animais soltos podem enfrentar penalidades e ser responsabilizados pelos danos causados (com informações do G1 Tocantins).