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Justiça
Rede atacadista e banco são condenados por praticar venda casada em Araguaína

Instituições foram condenadas a multa de R$ 100 mil cada uma

Comércio
Jorge Frederico denuncia perseguição da Prefeitura de Araguaína contra comerciantes na Via Lago

Em pronunciamento na manhã desta quarta-feira, 21, na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Jorge Frederico (Republicanos) denunciou que a Prefeitura de Araguaína está perseguindo pequenos comerciantes estabelecidos na Via Lago ao longo de alguns anos. Ele diz que "sem nenhum planejamento ou diálogo com os comerciantes, a Prefeitura determinou a retirada de todos".

Jorge Frederico também pontuou que são muitos pais e mães de família que se estabeleceram em vários pontos da Via Lago, viabilizando o turismo e o uso público do local. "Aquilo era só concreto e asfalto e o trabalho das pessoas oferecendo produtos e serviços viabilizou que a população pudesse fazer uso do local e até mesmo o turismo no local", pontuou.

O deputado também argumentou que se a Prefeitura vai fazer um ordenamento de pontos de venda, que seja feito com planejamento e consultando as pessoas que já se estabeleceram lá. "Não defendo nenhuma desordem, só penso que se eu fosse gestor ia agir conversando com as pessoas e planejando as ações para não prejudicar ninguém", esclareceu.

Crime
Em liberdade condicional, homem é preso por suspeita de tráfico de drogas em Araguaína

Crime era praticado na casa do próprio suspeito, diz polícia

Saúde
Governo do Tocantins entrega 18 novos leitos para cirurgias eletivas no Hospital Regional de Araguaína

Estado também disponibilizou um novo espaço para a hemodiálise

Raio-x 2024: o cenário político das duas maiores cidades do Tocantins

Com a proximidade da janela partidária prevista na lei eleitoral para o mês de março, vários pré-candidatos já se movimentam para encontrarem siglas partidárias confluentes com suas ideias e interesses. É natural que as articulações sejam intensas nos bastidores, afinal, qualquer um dos candidatos a prefeito que forem eleitos em 2024, precisam contar com fortes bases de sustentação nas casas legislativas. 

Porém, esta abordagem trata das eleições majoritárias. A capital Palmas é o maior colégio eleitoral do Estado com mais de 200 mil eleitores. A única, portanto, que poderá ter segundo turno de votação. No páreo, o Professor Junior Geo (sem partido), candidato natural ao cargo, uma vez que foi o segundo colocado no pleito de 2018. O deputado tem um eleitorado segmentado e precisa expandi-lo. Sua alternativa, portanto, é “sair da sala de aula”, logicamente, sem perder as características que lhe alçaram ao parlamento.

Apoio da Prefeita Cinthia Ribeiro

Prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (Foto: Edu Fortes/Secom)

Traçando um esboço do que pode acontecer, Geo teria uma vantagem que o colocaria dois passos à frente dos concorrentes: considerando a impossibilidade da atual ocupante - Cinthia Ribeiro (PSDB) - não poder se reeleger, é provável que ela apoie o próprio Geo, cujo eleitorado é muito semelhante ao dela: o funcionalismo público. Aliás, ela já provou essa força junto a eles, quando conseguiu “transferir” votos dos servidores municipais para o seu esposo Eduardo Mantoan (PSDB), atualmente no exercício do mandato de deputado estadual.

Além disso, pelo histórico de desentendimentos e outras circunstâncias, é difícil crer que – em condições normais – a gestora se posicione ao lado de Carlos Amastha (PSB) ou Janad Valcari (PL), ambos seus desafetos. A bem da verdade, Geo é a melhor escolha para Cinthia, não apenas porque tem, comprovadamente, votos em Palmas, como também, já acenou com a bandeira branca da paz, além de não promover “caça às bruxas”, caso seja eleito. Ao mesmo tempo, para o Geo, o cenário ao lado de Cinthia – que traria toda estrutura da máquina administrativa e muitos aliados, formando um forte grupo político – também lhe favorece muito. Dessa forma, a dupla se completa pelos interesses mútuos.

Janad Valcari e Amastha vão de 8 a 80 num piscar de olhos

A deputada estadual Janad Valcari e o ex-prefeito Carlos Amastha são dois candidatos que possuem territórios marcados e votos declarados. Há um verdadeiro entusiasmo quando se fala com eleitores de qualquer um dos dois, sobre suas posturas ou realizações. Eles ainda podem angariar muitos votos com decorrer do processo, principalmente daqueles eleitores insatisfeitos com a atual gestão. Porém, não há como negar o grande percentual de eleitores que os rejeitam. Isso atrapalharia demais, qualquer um dos dois, num eventual segundo turno.

A deputada liberal tem um grupo político sólido, mas há um fragmento real: não conta com o apoio de deputados originalmente eleitos por Palmas. Já o ponto fraco do ex-prefeito é sua dificuldade de formar grupos, bastando para tanto, analisar as quatro últimas eleições que disputou: dois turnos da eleição suplementar de 2018, a eleição ordinária para governador (também em 2018) e a eleição para senador em 2020, passando pela fatídica “rasteira” em Vanderlei Luxemburgo.

Eduardo, Vanda e Roberta contam com eleitores de diferentes perfis

Quanto a Eduardo Siqueira Campos, ainda não demonstrou condições de formar um grupo político forte, capaz de alavancar seu nome nas enquetes e pesquisas. Seu partido, o Podemos, tem como presidente o ex-deputado federal Tiago Dimas, cuja força em Palmas é pequena. Seu colégio eleitoral está em Araguaína e região, havendo pouca influência na capital.

No que concerne à pré-candidata Vanda Monteiro (UB), é fato que tem prestígio e votos cativos na capital, aliás, foi eleita com essa base eleitoral. Contudo, ainda enfrenta problemas partidários internos – especialmente com o deputado Carlos Gaguim – dos quais ela precisa se livrar para viabilizar sua candidatura.

Já a jornalista Roberta Tum (PCdB) provavelmente representará a esquerda, aliada ao PT e ao PV. A deputada Claudia Lelis (PV) é um nome de peso nesta campanha, uma vez que seu eleitorado se concentra, na sua maioria, em Palmas. Todavia, ainda falta musculatura política e mobilização da militância. Ainda há tempo para que isso ocorra. Qualquer avaliação, neste momento, é precipitada sobre essa candidatura. 

O fiel da balança

Por fim, é preciso dizer que o fiel da balança pode ser o governador Wanderlei Barbosa (REPU). Ele goza de popularidade junto à população palmense – composta por muitos servidores públicos – e sua escolha pode influenciar em demasia na disputa municipal. A questão é: Barbosa vai realmente escolher um lado ou vai ficar neutro? A segunda hipótese lhe traz prejuízos para 2026. Entretanto, a hipótese de ser apenas observador não está descartada. 

Araguaína dividida entre o favorito, o adversário de peso e o azarão

Na segunda maior cidade do Tocantins, a disputa se afunila, visto que não haverá segundo turno, ou seja, quem tiver mais votos em 06 de outubro, leva. O cenário se diferencia de Palmas, porque o atual prefeito tem a possibilidade de se reeleger. Wagner Rodrigues (UB) conta o apoio da senadora Professora Dorinha Seabra, como também do PSDB de Cinthia Ribeiro. Suas raízes estão ligadas a Ronado Dimas, ex-prefeito da cidade por dois mandatos. A sua própria gestão é avaliada entre boa e ótima pela população, fruto de obras infra-estruturantes e cumprimento de compromissos políticos. É forçoso reconhecer que Wagner tem popularidade junto ao eleitorado. 

Frederico tem apoios de peso

Para o deputado estadual e pré-candidato a prefeito, Jorge Frederico (REPU), não será nada fácil lutar contra a máquina comandada por Rodrigues, mesmo contando com o apoio do governador Wanderlei Barbosa, o líder do seu partido. Frederico ensaia essa candidatura há muito tempo e está preparado politicamente para o enfrentamento. É um democrata e tem folha de serviços prestados em benefício do norte do Estado. Conta com lideranças da região nessa tarefa, além de reconhecidos políticos de peso da região. É preciso pontuar que a oposição em Araguaína tem marcado território, como também, que existe – ao tempo e ao modo – uma parte do eleitorado insatisfeita com a gestão que tende votar com a oposição.

Governador Wanderlei Barbosa | Foto: Antônio Gonçalves

Após articulação dos caciques da sigla – Baleia Rossi e Jader Barbalho – o novato deputado federal Alexandre Guimarães (REPU) ensaia migrar o MDB, liderá-lo no Tocantins no lugar de Marcelo Miranda e, de quebra, disputar a prefeitura de Araguaína. Contudo, até por ter sido eleito em 2020 pelo mesmo partido de Frederico e haver uma certa “camaradagem”, o mais provável é que apoie o candidato republicano e traga, na mochila, o MDB junto.

PT de Célio Moura é o azarão, mas pode renascer como Fênix

Com a ascensão de Lula à presidência, o PT se renovou e, certamente, vai tentar marcar território com a candidatura do ex-deputado federal Célio Moura. É fato notório que o ex-parlamentar tem trabalho prestado junto aos assentamentos, pois contribuiu muito com a agricultura familiar durante seu mandato (2018 a 2022). O problema é que esses colégios eleitorais não estão localizados apenas em Araguaína, mas sim espalhados por todo Estado. Desta forma, Moura precisa se reinventar, caso queira entrar, definitivamente, na disputa entre Wagner e Frederico. 

Neste cenário, os posicionamentos do governador Wanderlei Barbosa, do ex-prefeito Ronaldo Dimas, como também, da executiva nacional do partido dos trabalhadores (PT) poderão influenciar diretamente no resultado da eleição neste município.

Entrevista da Semana
Jorge Frederico: “recuei em outras oportunidades, mas agora sou candidato a prefeito de Araguaína”

Nesta entrevista ao Jornal Opção Tocantins, Jorge Frederico pontua sobre sua atuação parlamentar e autoria de projetos de lei que beneficiam a sociedade, como também, os avanços e conquistas. Ele ainda revela seu desejo de disputar a Prefeitura de Araguaína nas eleições de 2024

Funcionalismo Público
Palmas e Araguaína terão ponto facultativo durante o Carnaval

Confira como ficarão os serviços públicos nas duas maiores cidades do Tocantins

Oportunidade
Inscrições para o Concurso Público Unificado terminam sexta-feira

No estado do Tocantins, as cidades de Araguaína, Gurupi e Palmas serão os locais de realização dos exames.

Luta pela saúde mental das mulheres em situação de vulnerabilidade: possibilidades e limites da atuação da Incubadora Social

Hareli Cecchin*

Enquanto a campanha “Janeiro Branco” nos convoca a refletir sobre a saúde mental, buscando promover a prevenção e o tratamento de doenças como ansiedade, depressão e pânico, é crucial destacarmos os desafios especiais das mulheres brasileiras em situação de vulnerabilidade social em torno dessa questão – um debate que a Incubadora Social da Universidade Federal do Tocantins tem se empenhado em promover.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, aproximadamente 11,5 milhões de brasileiros enfrentam quadros de depressão, correspondendo a 5,8% da população. Os distúrbios psicológicos afetam cerca de 22 milhões de brasileiros, representando 12% da população, enquanto quase 19 milhões de indivíduos do país convivem com algum tipo de transtorno de ansiedade, o que equivale a quase 9,3% da população. Mais do que estatísticas, esses números representam histórias reais de dor e resiliência.

Anualmente, são registrados 800 mil casos de suicídio no mundo, frequentemente relacionados a episódios graves de depressão não identificada ou tratada. As mulheres apresentam maior suscetibilidade à depressão, que se configura como um tipo de transtorno mental.

Em meio aos desafios enfrentados pelas mulheres brasileiras, a saúde mental emerge como uma preocupação crucial que merece atenção dedicada. A realidade é que as mulheres muitas vezes carregam fardos múltiplos, equilibrando responsabilidades profissionais, familiares e sociais. A pressão cultural e as expectativas muitas vezes exacerbam o estresse, contribuindo para a prevalência de problemas de saúde mental. Segundo o último relatório da organização internacional IHME (The Institute for Health Metrics and Evaluation), 45% das mulheres entrevistadas afirmaram ter algum diagnóstico de transtorno mental, com maior prevalência de depressão e ansiedade.

Isso é especialmente importante quando consideramos a realidade de mulheres de classes sociais mais baixas. Nesse contexto, tiveram início em 2023 e devem se estender ao longo de 2024, em Palmas e Araguaína, as atividades da Incubadora Social. A Incubadora é um projeto de extensão da Universidade Federal do Tocantins que tem como meta beneficiar 500 mulheres e suas famílias nos dois maiores municípios do estado. O foco são mulheres em situação de vulnerabilidade social, em especial pessoas em situação de rua, para oportunidades de capacitação e acolhimento. Uma das principais frentes de atuação do projeto, além da realização de oficinas e cursos, são os encontros periódicos de atendimentos psicossociais em grupo, acompanhados por profissionais da Psicologia, Assistência Social e Terapia Ocupacional.
Em Palmas-TO já foram realizados três encontros com a participação de 60 mulheres. Como psicóloga do projeto na capital, tenho percebido que as mulheres em vulnerabilidade sofrem múltiplas violências e que isso contribui para que elas tenham dificuldade em desenvolver sua autonomia. Ao final de um dos encontros, uma das participantes relatou que havia sofrido violência física do marido e estava sob medida protetiva. Com cinco filhos, me disse que não recebia pensão alimentícia e ainda enfrentava a suspeita de um diagnóstico de autismo do filho caçula. Ela pediu ajuda para que a criança pudesse passar por uma avaliação profissional e eventual encaminhamento para acompanhamento médico e psicológico, caso fosse necessário. Movi todos os meus esforços para ajudá-la – já que uma das propostas da Incubadora é identificar esse tipo de necessidade e encaminhar as participantes aos diferentes serviços da rede pública de assistência social – e descobri que, devido à fila de espera, o tempo para este atendimento pode chegar a até quatro anos. Fiquei pensando em todas as dificuldades que esta mulher enfrenta e como este tempo de espera pode prejudicar o desenvolvimento da criança. Essa situação é apenas um exemplo de como as questões da saúde mental afetam de modo especial as pessoas de baixa renda, que enfrentam desafios ainda maiores para ter acesso a atividades de prevenção, diagnósticos e tratamentos adequados. Está, também, diretamente relacionada aos resultados do relatório internacional do IHME, que apontam que as mulheres mais prejudicadas são negras e das classes D e E, cujos índices de insatisfação na vida financeira superam os 50%.

Vivemos um momento muito difícil da sociedade brasileira em que a saúde mental deve ser olhada com muita atenção pelos gestores públicos. Faz-se necessário iniciativas individuais, da sociedade civil, do setor privado e, especialmente, do setor público voltadas a promoção da saúde mental da mulher. A Incubadora Social é uma iniciativa positiva que tem potencial de ajudar muitas pessoas, mas sua atuação é limitada e o seu êxito depende da continuidade do acompanhamento dessas mulheres, da participação das diferentes esferas do poder público e da mobilização de outros esforços por meio da rede de atenção às mulheres em situação de vulnerabilidade que a equipe da Incubadora também vem se esforçando em fortalecer. É preciso considerar o tema de maneira interdisciplinar, olhando para o cuidado, o peso excessivo de responsabilidades e a tendência à feminização da pobreza. É fundamental quebrar o silêncio em torno dessas questões e fomentar diálogos abertos para construir uma sociedade mais compreensiva e solidária em relação à saúde mental das mulheres no Brasil.
Para saber mais sobre as atividades da Incubadora Social, acesse o Instagram @incubadorasocialuft ou envie e-mail para [email protected].

*Psicóloga (CRP-23/743), integrante da equipe multiprofissional do projeto Incubadora Social da UFT, especialista em Logoterapia e Análise Existencial, e doutora em Psicologia Clínica e Cultura.