Resultados do marcador: Gurupi

Com a derrota de Janad Valcari (PL) para Eduardo Siqueira Campos (Podemos) no segundo turno, o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) não conseguiu eleger prefeitos nas cinco maiores cidades do Tocantins: Palmas, Araguaína, Gurupi, Porto Nacional e Paraíso do Tocantins. Em Palmas, a derrota foi especialmente sentida, já que o governador participou ativamente da campanha de Janad, ao lado de lideranças políticas influentes, como ex-governadores, e com o apoio quase que total da bancada federal e estadual do Tocantins.

As cidades de Araguaína, Paraíso e Porto Nacional reelegeram os prefeitos Wagner Rodrigues (UB), Celso Morais (MDB) e Ronivon Maciel (UB), todos com duas características em comum: a ausência de apoio do governador e a busca pela reeleição. Em Gurupi, a prefeita Josi Nunes (UB) também foi reeleita, contando com o apoio de Wanderlei Barbosa apenas na fase final da disputa.
Em Araguaína, Wagner Rodrigues conquistou 73.158 votos, somando 78,83% dos votos válidos. Com o apoio de partidos como União Brasil, Podemos, PL, MDB, Federação PSDB-Cidadania e PSD, Wagner teve o suporte de nomes como os senadores Dorinha (UB), Eduardo Gomes (PL) e Irajá Abreu (PSD), que substituíram o apoio do governador. Jorge Frederico (Republicanos), candidato apoiado pelo governador e pelo vice-governador Laurez Moreira (PDT), recebeu 20.184 votos, ou 21,62%, contando com aliados como Vicentinho Júnior (PP) e Ricardo Ayres (Republicanos).

Paraíso do Tocantins
Celso Morais garantiu a reeleição em Paraíso com 80,57% dos votos válidos, superando o ex-deputado federal Osires Damaso (Republicanos), que obteve 19,47%. Celso teve apoio de líderes como o ex-governador Marcelo Miranda (MDB), os senadores Dorinha Seabra e Eduardo Gomes, e deputados federais como Eli Borges (PL), Pedro Júnior (PL) e Carlos Gaguim (UB), mas não contou com o apoio do presidente do MDB, Alexandre Guimarães.
Porto Nacional
Em Porto Nacional, Ronivon Maciel (UB) foi reeleito com 65,25% dos votos, derrotando o deputado federal Toinho Andrade (Republicanos), que obteve 27,98%. Esta foi a primeira reeleição de um prefeito na cidade em 24 anos. Ronivon contou com o apoio de figuras influentes, incluindo os senadores Eduardo Gomes (PL) e Dorinha Seabra (UB), além dos deputados Ricardo Ayres (Republicanos) e Carlos Gaguim (UB).
Gurupi

Josi Nunes (UB) também saiu vitoriosa em Gurupi, com 55,47% dos votos (25.533 votos no total). Seu principal oponente, Eduardo Fortes (PSD), recebeu 17.655 votos, o equivalente a 38,35%. Apesar do apoio modesto de Wanderlei Barbosa, anunciado em setembro, Josi contou com a ajuda de senadores como Carlos Gaguim (UB), Eduardo Gomes (PL) e Dorinha Seabra (UB).
O Republicanos, partido de Wanderlei Barbosa, optou por apoiar Josi Nunes após a candidatura de Eduardo Fortes (PSD) ser alvo de controvérsias, inclusive por acusações de pressão sobre servidores para favorecer candidatos do Republicanos. Fortes também foi criticado quando sua noiva declarou apoio a uma candidata adversária do PDT.

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Municípios são os maiores do Tocantins, após Palmas, que decidirá novo prefeito no segundo turno pela primeira vez; e Gurupi, que teve apoio modesto

A eleição de Gurupi, uma das principais cidades do Tocantins, foi uma das primeiras a ter sua decisão das urnas computada. Segundo o portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a eleição estava ganha para a candidata à reeleição, Josi Nunes (UB), às 18h. A candidata alcançou 24.464 votos quando foi considerada matematicamente eleita. Em segundo lugar ficou Eduardo Fortes (PSD), com 38,14% dos votos válidos, o que representa 16.762. Josi teve 7.672 votos a mais que Fortes. Logo em seguida, Cristiano Pisoni (PSDB), que obteve 6,30% dos votos, ou seja, 2.774. Brancos e nulos somaram juntos 3,31%, totalizando 1.570 votos.
Com relação aos vereadores, como é preciso considerar o Quociente Eleitoral e Partidário, ainda é difícil dizer quem conseguiu conquistar uma vaga na Câmara Municipal de Gurupi. Mas os primeiros 10 colocados foram:
Ronaldo Lira (PRD) - 654 votos
Romildo Santos (PDT) - 634 votos
Elvan Leão (PRD) - 608 votos
Leda Perini (PL) - 608 votos
Professora Alana (PDT) - 604 votos
Andre Caixeta (PSB) - 595 votos
Wendel Gomides (PDT) - 585 votos
Celia Lima (PSD) - 575 votos
Guilherme Borges (PL) - 565 votos
Prof Davi Abrantes (União) - 541 votos

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Apesar de sempre ser uma surpresa até o dia das eleições, no Tocantins vários cenários já estão mais ou menos definidos

Foi ao ar nesta terça, 10, na afiliada do SBT no Tocantins, TV Norte, o primeiro debate com os candidatos à prefeitura de Gurupi. Participaram do debate Josi Nunes (UB) e Cristiano Pisoni (PSDB). O candidato Eduardo Fortes (PSD) não compareceu e justificou, em nota à imprensa, entre outras coisas, a parcialidade da emissora, motivo pelo qual não iria. Em diversos momentos do debate, os candidatos que compareceram fizeram menção a Fortes. O debate entre Pisoni e Josi foi tranquilo, com algumas alfinetadas, ora de Pisoni, dizendo que Josi prometia fazer o que nunca fez, ora de Josi, que o disse diversas vezes que ele era “novo na política” e inexperiente. Mas o maior embate foi para saber quem era responsável pelo ex-prefeito, Laurez Moreira (antigo PSB).
BRK, Saneamento e legado
No primeiro bloco, o tema sorteado pelo apresentador foi “saneamento básico”. Boa parte das falas foram sobre quem realmente tem “competência” sobre as altas taxas cobradas pela água e esgoto em Gurupi. Josi Nunes começou o debate, instando Pisoni a falar sobre as suas propostas para a cidade. Pisoni começou criticando as altas taxas de saneamento cobradas em Gurupi, afirmando que o contrato com a BRK que foi renovado na gestão de Josi, obriga a população a pagar uma alta taxa de esgoto.
Josi respondeu afirmando que o candidato tinha boa vontade, mas parecia não entender muito bem o funcionamento da estrutura municipal e que o contrato com a BRK fora feito na gestão anterior a dela, do agora vice-governador Laurez Moreira (PDT), que, segundo Josi, na época que era prefeito tinha apoio do partido de Pisoni. O debate sobre o tema foi acalorado durante o primeiro bloco. Apesar disso, ambos abriram mão de seus tempos, tanto nas perguntas quanto nas respostas.
Upas e economia
O segundo bloco era aberto para perguntas dos candidatos, sem tema definido. Pisoni começou questionando sobre as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que no programa de governo Josi Nunes promete aumentar. O candidato tucano então questionao porquê de ela não ter feito isso antes. Josi novamente remete à falta de infraestrutura na saúde à gestão anterior, dizendo que quando assumiu a prefeitura encontrou as UPAs sucateadas, também disse que elas foram construídas em locais inadequados, mas que iria se esforçar para reconstruir e melhorar a estrutura da saúde no município.
Pisoni rebateu dizendo que a gestão de Josi foi terceirizada e que as falas dela eram apenas promessas e tentativas de se defender de suas ações. E eram apenas promessas de campanha e que no final das contas, a prefeitura acabava por terceirizar a gestão. Nesse ponto, Josi defendeu a terceirização da gestão, dizendo que a Universidade de Gurupi (Unirg) tinha todas as condições de assumir e que construirá uma nova UPA.
Pisoni respondeu, dizendo que a “gestão só aparece quando precisa do voto”, e que a prefeitura tinha deixado as UPAs como se não fosse de sua responsabilidade.
Em dado momento da fala seguinte de Josi Nunes, ela diz que Pisoni era novo na política e que não conhecia qual tinha sido sua contribuição para Gurupi e que ela começou com 10 anos de idade, visitando as casas dos moradores e conhecendo as dificuldades da cidade. Novamente ela atribui as dificuldades à gestão de Laurez.
Josi, em sua vez de perguntar falou sobre desenvolvimento econômico, perguntando se Pisoni conhecia os dados de Gurupi. Pisoni disse que a prefeitura cobra taxas absurdas dos empresários e que os dados do Portal da Transparência de Gurupi eram difíceis de encontrar, ao que Josi rebateu dizendo que a gestão dos sites da cidade tinham inclusive ganhado prêmios nacionais de transparência e que ele precisava conhecer melhor a cidade.
O debate continuou no mesmo tom, com algumas críticas, pontuais aqui e ali, convergindo sempre na hora das críticas à Fortes e sua ausência no debate.

Para a prefeitura, Eduardo Fortes ficou em segundo lugar e Cristiano Pisoni em terceiro